Boca de bêbado não tem dono

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

por Joaquim Tavares

Os blocos fizeram ressuscitar o interesse pelo carnaval de rua do Rio de Janeiro, no qual se destacam suas criativas e bem-humoradas marchinhas. É claro que nada se compara aos deslumbrantes e milionários desfiles das escolas de samba, que atraem milhões de pessoas do mundo inteiro. No entanto, os blocos (carinhosamente chamados de ‘bloquinhos’) possuem um charme único. Embora seus custos sejam significativamente inferiores, eles arrastam multidões por onde passa.

A onda dos bloquinhos já chegou aos bairros de Nova Iguaçu: um deles é o ‘Boca que não beija álcool nela’, idealizado por amigos de Comendador Soares que usavam o jargão durante o período de carnaval. “Sempre tinha um amigo nosso mais retraído, que ficava sem uma paquera durante as festas”, lembra Clayton Ramos, 25 anos, um dos seus criadores. “Dizíamos essa frase para fazer o sujeito se soltar um pouco.” Segundo Clayton Ramos, a “ajudinha do álcool dava certo na maioria das vezes.

Conflito de visuais

por Tuany Santos

A relação dos jovens com pessoas mais velhas sempre deu o que falar por causa de seus conflitos. A diferença de pensamentos, experiências e atitudes faz com que as gerações batam de frente para defender suas opiniões e escolhas.

A juventude atual, como nas gerações anteriores, tem a necessidade de viver intensamente e de buscar uma identidade através do estilo. A imagem diferente que alguns jovens assumem é uma das principais causas para o desentendimento entre as gerações. Por isso, jovens alegam sofrer preconceito nas ruas e de serem mal compreendidos pela família. “Se um headbanger, thrasher, punk ou afim, tatuados e pessoas com piersing acender um cigarro, já reparam pra ver se não é um baseado”, diz Rafael da Mata, de 19 anos.

 
 
 
 
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