Bando de cozinheiras

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

por Luiz Gabriel


Todas as formas de violência são abordadas no espetáculo “Guerra dos Canudos”, dirigido por Renato Penco. Livremente inspirado no livro “Os Sertões”, de Euclydes da Cunha, a peça é uma sátira ao livro e ao fato histórico que deu origem a esse que é um dos maiores clássicos da literatura brasileira. O espetáculo é uma das 24 atrações da Teia da Baixada, que ocupará o teatro e a quadra do Sesc Nova Iguaçu ao longo dos dias 9 e 10 de setembro. A apresentação será no dia 9, às 16h.

Aqui, Antônio Conselheiro vira Antônia Cozinheira e lidera uma grande revolução, fazendo as mulheres da cidade concordarem com suas ideias de liberdade e independência através dos estudos. A palavra Canudo aparece como a metáfora do conhecimento e da liberdade de pensamento. O espetáculo é uma tragicomédia, onde o público é levado a refletir sobre as conquistas e direitos da mulher brasileira, sem perder o humor e a irreverência, uma marca do Grupo Cochicho. “Queremos levar as mulheres à reflexão e saírem do espetáculo com a tal pulguinha atrás da orelha”, afirma o diretor Renato Penco.

Saia do armário você também

por Jefferson Loyola

A primeira semana da diversidade, organizada pelo grupo 28 de junho, que ocorreu durante os dias 31 de agosto e 01,02,03 e 04 de setembro, encerrou-se neste ultimo sábado em parceria com o Cineclube Buraco do Getúlio com a temática gay, onde juntos comemorarão este grande avanço para a cultura do município de Nova Iguaçu. “Já era um desejo da equipe do Cineclube Buraco do Getúlio fazer uma sessão com esta temática desde o ano passado”, disse Diego Bion, criador do cineclube junto com Fabiano Mixo.

“O buraco funciona mais ou menos com 60 minutos de projeção”, contou Bion, que faz a curadoria dos filmes que são exibidos em todas as sessões. Porém nesta sessão que estava inclusa na semana da diversidade, parte dos curtas foram escolhidos por Paullo Vieira, diretor de comunicação e cultura do Grupo 28 de junho, e por Bion, responsável pela curadoria do cineclube. “Paulinho me enviou quatro filmes, porém dois deles tinham mais de 20 minutos, e não é uma coisa que o cineclube exibe, filmes muito longo, então trocamos estes dois e acrescentamos o “Alguma coisa sim” de Esmir filho, que é um diretor que sempre exibimos curtas dele aqui”, contou.

Coisa de maluco

por Felipe Branco

Em recesso para a prestação de contas exigida pelo Ministério da Cultura, o pontinho de cultura da ONG Meduca retomou suas atividades para ensaiar a dança gospel que apresentará na Teia Baixada 2010, no Sesc de Nova Iguaçu, no próximo dia 10, às 15h.

A ong é comandada pela irmã Cecília Onofre, para quem o último semestre foi muito produtivo, embora ela se ressinta de instrumentos de avaliação e outros detalhes administrativos para o próximo período de atividades. "O projeto Dança Gospel tem por objetivo difundir a cultura gospel, mostrando que crentes não são aculturados".

Aleija, mas não mata

por Vinícius Tomás

Muito tem se falado sobre a tecnologia 3D no cinema. Avatar, o gigantesco sucesso de bilheteria, tinha como principal atrativo uma nova experiência na sala de exibição através do revolucionário 3d estereoscópico. Profundidade, distância, posição e tamanho dos objetos eram perceptíveis na tela, perdendo o efeito “chapado” que a tela comum dá à imagem e criando uma impressão de imersão no filme. A sensação é de que a ação se desenrola na frente do espectador. O 3d não é uma tecnologia nova , apenas foi levado a um novo patamar em Avatar, com extrema fluidez e riqueza de detalhes. Nem são novas as tentativas de se criar diferentes experiências em cinema.

Fui convidado a escrever uma crítica do filme 400 contra 1 – Uma Historia do Crime Organizado, filme que conta o início do que hoje se conhece como Comando Vermelho. E a oportunidade para assisti-lo surgiu. Era uma sessão de cinema inusitada. A sala de exibição era a carceragem da Polinter, em Nova Iguaçu. O público era formado por cerca de 200 presos “filiados” ao Comando Vermelho. Eu estava embarcando na mais intensa experiência em cinema que eu poderia ter.

 
 
 
 
Direitos Reservados © Cultura NI