por Vitória Tavares
Mas passear pelo calçadão de Nova Iguaçu tira muitas dessas pessoas do sério. Os cheiros e sons que se misturam e se confundem tornam se difíceis de lidar para muitos dos passantes que transitam por esse espaço de consumo voraz e de interação constante. Se para os que estão somente de passagem a situação já é desconfortável, para os moradores que moram na área comercial de Nova Iguaçu ela se torna ainda pior.
"O calor é intenso por conta dos prédios que bloqueiam a passagem do ar e a barulheira é constante", relata Felipe Samura, malabarista e morador de um sobrado no calçadão. Para Felipe, faltam áreas de lazer, infraestrutura e planejamento urbanístico para que o local se torne agradável.
Outro problema que assola os moradores da área é a precariedade na segurança pública. À noite, o centro comercial se torna um lugar que se é preciso olhar duas vezes para cada canto e andar com atenção para se chegar em casa. O local está frequentemente sujo e depredado, o que e é um claro sinal da falta de ordem policial.
Paulo Igor de Assis é músico, já morou na localidade e afirma que o que mais o incomodou foi a poluição sonora, agravada em época de eleição mas frequente no cotidiano do espaço. Além disso, relatou que a sujeira é um forte atrativo para os ratos, que aterrorizam as casas.
Entretanto, destacam-se em meio ao caos alguns fatores positivos em se morar no fervilhão comercial da cidade: bastam alguns passos para que os moradores tenham as necessidades de consumo, dispensando assim o uso do carro para a maior parte de suas compras; além de estar próximo a quase todos os bancos da cidade.
A movimentação no calçadão ao longo do dia não para. Sendo Nova Iguaçu uma cidade em expansão econômica visível, o seu centro comercial deve corresponder às perspectivas do crescimento com a disponibilidade de uma variedade de mercadorias e serviços. No entanto, é preciso se pensar em maneiras de aliar a atividade comercial e a sua expansão a qualidade de vida dos moradores da localidade.
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