por Juliana Portella
Nova Iguaçu em clima de poesia, rima, métrica e música. Vem aí o “Cordel com a Corda Toda”, um festival de cultura popular que será realizado entre os dias 13 e 16 de julho, de quarta a sábado, no Espaço Cultural Sylvio Monteiro, em Nova Iguaçu. Com patrocínio da Eletrobras e apoio do Ministério da Cultura, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Nova Iguaçu e Prefeitura Municipal de Nova Iguaçu, o festival levará ao público uma maratona de atividades que resgata, celebra e discute a Cultura Popular Brasileira, tendo a Literatura de Cordel como referência. É um espaço de encontro de agitadores culturais da Região da Baixada Fluminense.
O festival levará ao público a oportunidade de conhecer um pouco mais da Literatura de Cordel. Entre as atividades, variadas e gratuitas, estão oficinas de teatro de cordel, composição de cordéis e xilogravura – técnica de gravura que se costuma utilizar nos folhetos – apresentação de repentistas, rodas de debates com pensadores da cultura popular e artistas, exposição fotográfica e apresentações de manifestações típicas com grupos folclóricos da Baixada Fluminense.
Além disso, o evento terá uma exposição com o resultado da primeira fase do projeto "Cordel com a Corda Toda" que começou em 2010 por iniciativa do grupo “Burburinho Cultural” que, além das oficinas na Baixada, percorreu a região Nordeste do país documentando em vídeo e em fotografia o que existe de mais genuíno nessa arte que chegou ao Brasil trazida pelos portugueses, se instalou na Bahia e foi, então, difundida pelo Brasil. O resultado das imagens coletadas pelo Nordeste gerou um documentário curta-metragem, que será lançado na abertura do evento.
Entre os destaques estão as apresentações de esquetes em teatro de cordel de muitos dos 340 alunos da rede pública de ensino que, diariamente, frequentam as oficinas de Literatura Cordel, Pontinho de Cultura em Nova Iguaçu, coordenada por Marcos Covask, ex-coordenador artístico da unidade do projeto “Nós do Morro”, em Nova Iguaçu, e professor de interpretação nas oficinas culturais do Museu da Maré.
Depois de meses de pesquisa, aprendizado e trabalho, chegou a hora de compartilhar a cultura do cordel com toda a comunidade e apresentar alguns dos mais importantes artistas populares brasileiros. O Festival Cordel com a Corda Toda será uma grande festa que tem como principal objetivo resgatar a importância do patrimônio imaterial brasileiro.
PROGRAMAÇÃO
Quarta-feira, 13 de Julho.
15h – Apresentação do esquete teatral “Chegança”, seguida da abertura oficial do evento com a equipe do projeto “Cordel com a Corda Toda”.
16h – Roda de bate-papo com o cordelista Edimilson Santini, a pesquisadora Maria Rosário e Ana Enne, professora da Universidade Federal Fluminense.
17h – Lançamento do documentário “Cordel com a Corda Toda”, com exibição do curta-metragem.
17h 35 – Apresentação do esquete “Romeu e Julieta”.
18h– Encerramento com a apresentação do repentista Miguel Bezerra.
Quinta-feira, 14 de julho.
Manhã
10h – Apresentação do esquete teatral “História do Povo Quirá.
10h 30 – Circuito de oficinas: oficina de teatro de cordel; oficina da composição de cordel e de xilogravura e visita guiada.
Tarde
15h - Apresentação do esquete teatral “Romeu e Julieta.
15h – Circuito de oficinas: oficina de teatro de cordel; oficina da composição de cordel e de xilogravura e visita guiada.
Sexta-feira, 15 de julho.
Manhã
9h 45 – Apresentação dos esquetes: “Teatro de Mamulengo”, “O Auto do Boizinho” e “Zé Mingau”, com a turma de crianças.
10h 30 – Apresentação de grupo folclórico convidado.
11h - Workshow com xilogravurista, seguido de visita guiada, oficina de teatro e roda de cordéis.
Tarde
15h - Apresentação da seqüência de esquetes: “Nordestes”, “Meninos de Rua” e “Chegança”.
16h – Roda de bate papo com cordelistas Jota Rodrigues e Gonçalo Ferreira.
Sábado, 16 de julho.
Manhã
10h – Circuito de oficinas: Oficina de teatro de cordel; Oficina de composição de cordel e xilogravura.
Tarde
15h – Apresentação das esquetes “Nordestes”,“Romeu e Julieta” e “Chegança”.
16h – Apresentação de grupos folclóricos da Baixada Fluminense.
16 h 45 – Peleja de repentistas, encerrando o festival.
1 Comentários:
oba!! sempre quis fazer uma oficina de xilogravura. muito obrigada, portelense.
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