Calor humano

sexta-feira, 18 de março de 2011

por Saulo Martins


Um dos assuntos mais comuns entre os jovens da Baixada é a falta de opções de lazer durante a noite. A cidade de Nova Iguaçu, recheada de bares por todos os lados, sofre desse problema. “É dificil sair numa sexta-feira à noite pra algum lugar que não seja um bar”, conta o designer Samir Gonçalvez, 21 anos. A cena noturna da Baixada não oferece opções muito diversificadas, e é por isso que alguns comerciantes pensam diferente e tentam mudar um pouco esse quadro.

Situado no bairo da Chacrinha, em Nova Iguaçu, na Rua Pascoal Paladino, se encontra o Bar Ecleticópolis, mais conhecido como “Bar do Grande”. Com uma decoração alternativa e uma iluminação neon, o espaço atrai pessoas de tribos e estilos diferentes, mas com um mesmo gosto: a música. Os vinis cobrindo as paredes e a Jukebox que não para nem por um minuto não me deixam mentir.

Saideira

quarta-feira, 16 de março de 2011

por Abrahão Andrade


Olhos mareados, músculos fatigados e estômago revirado ao ponto de não aguentar mais uma gota de nada. Depois disso tudo, andar quarteirões com os amigos da rua para pegar o ônibus que percorrerá metade da cidade até chegar em casa. É assim o regresso dos baladeiros que moram longe, e tem de enfrentar uma odisseia angustiante para conseguir colocar a cabeça no travesseiro. A vontade de curtir uma noite diferente e mais diversificada faz com que essa galera enfrente todo o tipo de perrengue na ida, e especialmente na vinda. Medo de assalto,vontade de ir ao banheiro ou grana curta não desanimam a moçada noturna.

Como de costume, antes da balada, tem o famoso “esquenta”. O pessoal se concentra na casa de alguém, e depois de um certo grau alcoólico partem para boemia. Vão cantando e rindo a viagem toda, e muitas vezes pegam até mais de uma condução para chegar ao destino. ”Quando eu tô com os meus amigos, o tempo passa mais rápido, e uma viagem chata e longa acaba se tornando o começo da farra”, diz Diego, que enfrente um longo trajeto da sua casa em Madureira para chegar até a Lapa. ”Vamos pra Lapa porque é o lugar mais badalado do Rio, só vou pra lá pela certeza da curtição, não gosto do que tem perto da minha casa”, acrescenta.

Paraíso infernal

segunda-feira, 14 de março de 2011

por Dandara Guerra


A quantidade de indivíduos que saiu da Baixada Fluminense para passar o carnaval na Região dos Lagos, atrás das praias de Cabo Frio e Araruama, foi quase absurda. Para facilitar a ida, as pessoas, às vezes em grupos de 20, alugam pequenas casas na região.

Uma das pessoas que foi atrás de uma boa praia em Arraial do Cabo nessa época de folia foi Janayna Gomes, uma moradora do bairro de Botafogo de 46 anos. Para ela, valeu a pena o sacrifício de horas no engarrafamento para se instalar com um grande grupo de pessoas em um casa de 80 metros quadrados na Praia Grande, apesar de só dispor de quatro metros para si e de o sol não ter saído em todo o seu esplendor. “O sufoco é grande", conta ela, que enumera problemas como a escassez de comida, a bagunça na casa e a briga pelos banheiros. "Mas a gente se diverte."

Esmaltólatras

por Marcelle Abreu


Unhas. A cada dia que passa uma nova coleção de esmaltes é lançada e com elas maneiras, às vezes, inusitadas surgem. A vaidade feminina cresceu nos últimos tempos e ficar com as unhas sem fazer nem pensar. “Faço a unha toda semana, não consigo ficar sem esmalte e muito menos deixá-las por fazer”, conta Laise Villarino, 20 anos. Sempre com as unhas em dia, essa estudante de odontologia se sente mal e até deixa de sair.

Fazer as unhas se tornou um hábito rotineiro na vida de muitas garotas, sejam essas mais básicas ou extravagantes.

Carnaval da pesada

domingo, 13 de março de 2011

por Juliana Portella


Durante a festa do Rei Momo, enquanto carros alegóricos e fantasias alegravam a folia, enquanto a maioria das pessoas estavam em suas casas de veraneio nas regiões praieiras, brincando o carnaval nos blocos de rua do Centro do Rio ou curtindo um carnaval bairrista em sua Cidade, empilhadeiras, braços e pedreiros trabalhavam simultaneamente.

Ninguém pode negar que durante o carnaval tudo para. Repartições públicas e instituições de ensino, por exemplo, entram em recesso. Até comércios e serviços de bancos e casas lotéricas só voltam a funcionar a partir do meio dia da Quarta-feira de Cinzas. Carnaval é o período que todo mundo quer uma folguinha. Com exceção da Segurança Pública que garante a ordem do carnaval na rua, dos trabalhadores envolvidos na realização do desfile na Sapucaí e em festas de rua pelos bairros a fora e os vendedores ambulantes de bebida que abastecem os foliões, geralmente o restante dos brasileiros não trabalha. Com muita ênfase no "geralmente" porque, pelo Centro de Nova Iguaçu, mais precisamente nas obras da costrução dos novos edifícios que a cidade ganha, pude observar que as construções funcionam a todo vapor. Foram poucas as obras que pararam durante os quatro dias de folia.

 
 
 
 
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