A luz no fim do túnel

quarta-feira, 27 de abril de 2011

por Leandro Oliveira de Aguiar


Qual cidadão não sonha ou já sonhou em tirar a carteira de motorista? Afinal, sempre cultivamos a imagem de poder sentir o vento da estrada em nosso rosto, assim como nos filmes hollywoodianos que invejamos por uma vida inteira. Tentar reduzir o tamanho da cidade, outrora enorme e cansativa, acaba sendo uma doce tentação. "Passei minha vida toda andando de ônibus e tendo que me virar com transporte público", desabafa o estudante de direito Rafael Vieira, 22 anos, que conseguiu sua carteira na primeira tentativa. Ainda bem. Porque ele quer mais do que tirar uma onda pilotando. "Cansei."

Violinista, graças a Deus!

terça-feira, 26 de abril de 2011

por Joyce Pessanha


“Igreja só rouba dinheiro do povo!” Quantas vezes você já ouviu essa afirmação? Ou quantas vezes você mesmo já pensou assim? No entanto, as igrejas da Baixada Fluminense vêm provando o seu valor através de um grande serviço prestado à comunidade em que está inserida. Através da música, a igreja influencia jovens a optarem por escolhas saudáveis evitando até entrarem nas estatísticas catastróficas da criminalidade.

Igrejas, geralmente de pequeno porte e com fiéis de baixa renda, disponibilizam cursos que são ministrados por professores que aprenderam sozinhos ou com amigos. Ninguém de que se possa apontar uma especialização, graduação ou intercâmbios internacionais. Mas que através do compartilhar do pouco que sabem, despertam em crianças e jovens o amor pela música ao lhes dar a oportunidade de terem acesso a esse conhecimento. Talvez algumas pessoas nunca teriam acesso a essa arte se não fosse a oportunidade desse “compartilhar” que as Igrejas vêm disponibilizando à sua comunidade. E, através dessa oportunidade, vem se notando o crescimento de músicos de excelência, que estão inseridos no mercado musical, e que saíram da periferia e da baixa renda para o mundo.

A salvação da lavoura

por Michele Ribeiro

Cada vez aumenta mais o número de pessoas que procuram um emprego em que tenham estabilidade. Junto com essas estatísticas, cresce os cursinhos para os concursos públicos, com vagas para nível fundamental, médio e superior. As oportunidades podem ser para todos, mas passar na prova exige dos candidatos total dedicação e empenho.

Quem está procurando uma vaga para o Tribunal de Justiça, ainda que a prova não tenha sido marcado, é a estudante de direito Joseane Alvez, 18 anos. A dificuldade para entrar ganhar a vaga pode ser medida pela sua dedicação. "Estudo seis horas por dia", orgulha-se ela, que sabe o quão grande é a concorrência pelas cadeiras sempre lotadas do cursinho em que se prepara.

Clube das crianças

por Jefferson Loyola



Cerca de 30 educadoras se reuniram na terça-feira 12 de abril no Espaço Cultural Sylvio Monteiro para participar do Primeiro Encontro de Incentivo à Leitura, organizado pela Rede Comunitária de Formação e Estágio, que oferece formação para educadoras de centros de educação infantil comunitária em programas de incentivo à leitura, artes, saúde e educação pela paz.

Iniciado às 10 horas da manhã, o evento começou com uma roda de conversa com o escritor Zé Zuca (José Carlos), que contou sua trajetória de vida até se tornar autor de literatura infantil. Foi uma longa história. "Quando era criança, cantei uma música em uma festa na escola onde cada pessoa apresentava o que sabia fazer", lembra ele, que como não conseguia gravar o poema a que se propunha recitar, acatou o conselho da professora a que pediu ajuda. Quando viu a escola cheia, ficou tão nervoso que mal acreditou ao ver que a plateia estava aplaudindo-o de pé. “Pensei que eu tinha cantado muito mal, mas quando vi todos lá aplaudindo, fiquei feliz”, contou ele, afirmando que sua mãe sempre diz que ele já nasceu cantando.

O herdeiro de Comendador Soares

quarta-feira, 20 de abril de 2011

por Dine Estela

O mais novo conselheiro de cultura de Nova Iguaçu tem apenas 23 anos, mas uma longa história de vida. Daniel José Soares Correa é da família do famoso Comendador Soares, que deu nome a um bairro da cidade também conhecido como Morro Agudo. Oriundo de uma família que também foi perseguida pela ditadura militar, o estudante de artes cênicas e designer gráfico aprendeu desde cedo a lutar pelos seus direitos. Mora sozinho e com sua segunda faculdade já tem uma “certa” independência financeira, como ele mesmo ressalta. “Não dá para viver de cultura neste país. Mesmo trabalhando direto, para garantir meu pão de cada dia, ainda preciso contar com a ajuda de meus pais”, destaca.

 
 
 
 
Direitos Reservados © Cultura NI