por Edson Borges Vicente e Fernanda Bastos da Silva
Foi a paixão pelos quadrinhos que o levou a mergulhar na arte dos desenhos. “Eu lia muitos gibis do Super Man, do Fantasma", conta Djmar, que já foi repórter da revista Lá e Cá e do Jornal Pontual. "A paixão pelo quadrinho me levou ao desenho e do desenho me envolvi com a propaganda e com a escultura até entrar para a Beija Flor e trabalhar com a escultura na escola de Samba”.
O nome Amar Vidas surgiu do apelido de Djmar. “Maná é o alimento que Deus mandou do céu no deserto. Meu ‘maná’ é a arte, pois com ela os jovens batalham pelo seu alimento através do seu trabalho. Restauração de vidas porque o problema da violência é um assunto muito discutido nos dias atuais. Para mim, quando você educa e prepara para o trabalho, você acaba com esse problema, ou seja, você restaura as vidas através da educação para o trabalho com a arte”.
Criada há sete anos, a associação já profissionalizou cerca de 400 jovens e adultos. Os cursos oferecidos são desenho, letrismo, pintura, silk e violão. Os cursos atualmente custam R$ 40 por mês e duram três meses. Após o curso, os alunos passam a estagiar no próprio curso e obtêm uma renda complementar até serem inseridos no mercado de trabalho. “Não tenho apoio, por isso esse valor é estipulado. De todo modo, muitas vezes, em cinco dias eles já resgatam o valor investido no curso. Já tenho alunos trabalhando em várias empresas do município como a Sendas, por exemplo. Outros abriram um ateliê em suas próprias casas”, conta Djamar.
Localizado à rua Coronel Bernadino de Melo, 2139, no Centro de Nova Iguaçu, o espaço sofre pressões fortes do mercado imobiliário e é alvo de luta judicial há anos. O prédio faz parte da faixa de imóveis antigos, como o da Cruz Vermelha e o do Antigo Fórum (hoje pólo do Consórcio de Educação a Distância do Estado do Rio de Janeiro - CEDERJ) que resistem à voraz verticalização da área mais valorizada da cidade, a ‘Zona Sul de Nova Iguaçu’. Almir acredita que a arte e a utilidade pública da associação não podem ser destruídas em função de interesses do grande capital. Por isso batalha para que o reconhecimento da importância da ong impeça o fechamento do espaço e cesse com o maná da arte.
Mais detalhes sobre os cursos podem ser obtidos pelo telefones 3769-7552 ou 3091-2904 (Embratel fixo-móvel).
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