por Luz Anna
Fala-se que o carnaval começou em Roma em cultos ao Deus Baco com danças, comidas e bebidas. Nos dias de folia, tudo se invertia tanto que o rei da festa, o Rei Momo, era um escravo da classe mais baixa de Roma.
As pessoas representavam papéis. Por isso, com o passar do tempo, veio o costume das máscaras, trazidas do teatro clássico grego.
Passando pela história, vemos que não mudou muito essa essência carnavalesca.
Esperamos tanto pra esse tempo chegar - afinal, são quatro dias pra sonhar ser o que desejarmos. Como um amigo disse: “Época pra aproveitar e não ter ressaca moral”...
Hum, será?
Para nós o grito começou já no dia 3 de fevereiro com o Bloco Cordão da Bola Preta, na Avenida Rio Branco, e na mesma noite o Bloco AfroReggae, que agitou uma multidão na Lapa.
Faltando uma semana para os dias de folia, já era hora de pensar nas fantasias. Afinal, que outra época do ano eu poderia ser Colombina?
No dia 12 de fevereiro, 2010, vimos na TV o prefeito do RJ dar a chave da cidade ao Rei Momo, e era chegada a hora de começar uma agenda de blocos: Lapa, Centro, Santa Teresa, Zona Sul.
“Nossa! O Carmelitas coloriu a Lapa!”
No amanhecer de sábado e o Bloco Céu da Terra acordou Santa Teresa e o Cordão da Bola Preta lotou a Avenida Rio Branco.
Corpo cansado, mas tem algo que nos motiva tanto quanto a música e os flertes. É ver tanta gente criativa e diferente juntas com um objetivo comum... Ser feliz!!!
Manhã de domingo, Cordão do Boitatá, Boi Tolo ... um verdadeiro baile na Praça XV.
“Vimos um homem marionete, pessoas azuis, que não sei se seriam Avatar ou homens da Tim e até um Freddie Mercury eu vi no samba!”
Segunda chegou e tínhamos planos de ir a um bloco em Botafogo. De fato pegamos o Bloco, mas a questão era achá-lo.
Decsemos do metrô e vimos uma movimentação e como não havíamos anotado o trajeto resolvemos seguir a massa humana e perguntar por onde ir. Nos dirigimos a diferentes grupos e pessoas, e ninguém sabia ao certo.
O que fizemos?
Seguir o grupo a frente que em algum lugar chegaria...
Um rapaz chegou a dizer que caminhava havia horas seguindo o fluxo, e o que foi uma dessas coisas que não se explica, deu certo, encontramos o bloco.
Terça de carnaval, o único dito feriado, e então veio um desejo de mar.
Sabendo que a folia estaria pela Zona Sul resolvemos unir o “útil ao agradável”, ter mar e ver o bloco passar. Estaria tudo certo se não morássemos tão longe, na Zona Oeste do Rio, porque foi aí que se iniciou uma odisseia: chegar a Copacabana.
ônibus e metrô, onde vimos de tudo, até duas “Baleias” (aquelas de piscina), com nada menos de um metro e meio cada uma.
“Adoro ver disposição e criatividade, sentir que faço parte disso”.
Afinal, que povo é esse?
Brincando feliz, apertado durante horas no metrô, chegando em Copacabana 40º, foliões de todo tipo: turistas, moradores de rua, madames com seus cães e suburbamos cheios de vontade como nós.
Diversidade de verdade?
Quarta-feira de cinzas tivemos sono, “afinal ninguém é de ferro”,e aí foi torcida pela Unidos da Tijuca, comida caseira, e cama, e por um instante parecia que o Carnaval havia até acabado, mas então me lembrei que haviam blocos de quinta a domingo.
Quinta-feira, sem pique pra dança vimos o bloco passar, e fizemos desse dia um dia de bar.
Sexta, 20 de fevereiro, o dia amanhaceu feio, mas e daí, todos os caminhos levavam ao bloco AfroReggae e tendo a Lapa como palco, não é que a noite até se fez estrelada!
Manhã de domingo e o que se ouviu, último canto do cisne do carnaval 2010 foi o “Uh que Beleza!” do Monobloco, da Avenida Rio Branco à Cinelândia.
Sem ressaca moral
segunda-feira, 1 de março de 2010
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