por Jefferson Loyola
“Você já confundiu um sonho com a realidade ou roubou algo quando tinha dinheiro para comprar? Já se sentiu triste ou achou que o trem andava quando ele estava parado? Talvez eu fosse louca mesmo. Talvez fossem só os anos 60. Ou talvez eu fosse só uma garota interrompida”, diz a certa altura a protagonista de “Girl, interrupted (Garota interrompida)”, primeiro filme a ser exibido na mostra de filmes da Primeira Semana da Diversidade em Nova Iguaçu, organizada pelo grupo 28 de junho.
Baseado no livro de memórias homônimo, o longa conta o período de internato da personagem Susanna Kaysen (Winona Ryder), mesmo nome da autora do livro, em um hospital psiquiátrico. Ela é uma menina de 18 anos, com uma boa situação financeira, que acabou de completar seus estudos no ensino médio, mas prefere seguir uma carreira como escritora do que se matricular em uma universidade. Ela foi internada depois de tentar suicídio com uma cavalar dose de aspirina com vodka.
Depois de um período em que não queria ficar com os loucos daquele hospital, Susanna conhece Lisa (Angelina Jolie), ali internada havia oito anos, embora se dissesse completamente curada. Outra relação que Susanna faz é com sua colega de quarto Georgina (Clea DuVall), que sofre de pseudologia fantástica (mentira compulsiva). Outro personagem importante da trama é Polly (Elizabeth Moss), internada depois de atear fogo no próprio rosto aos dez anos.
O diagnóstico de Susanna é Transtorno de Personalidade Limítrofe (ou borderline), uma doença que muda completamente o humor das pessoas. “Sabia como era querer morrer, como doi sorrir, como você tenta se ajustar e não consegue. Como você se fere por fora tentando matar o que tem por dentro”, diz Susanna para a enfermeira Valerie (Whoopi Goldberg).
Como a semana é da diversidade, não seria de estranhar que todos os filmes abordassem a temática LGBT. E mesmo que a questão do lesbianismo existente no drama esteja em segundo plano, podemos observar um enorme afeto, maior que uma amizade, entre as Susanna e Lisa. O filme foi dirigido por James Mangold e estreou em 1999. Angelina Jolie ganhou o Oscar de melhor atriz coadjuvante e o Globo de Ouro de melhor atriz coadjuvante com este longa.
O longa será exibido no dia 31 de agosto, às 10h, no Espaço Cultural Sylvio Monteiro. Esta película fará você observar o que pode ser considerado uma loucura ou não, além de ensinar a dar mais valor a cada pessoa, independentemente de quem ela seja. “Elas não eram perfeitas, mas eram minhas amigas”.
Leia abaixo a sinopse do filme:
Em 1967, após uma sessão com um psicanalista que nunca havia visto antes, Susanna Kaysen foi diagnosticada como vítima de Transtorno de Personalidade Limítrofe (ou borderline). Enviada para um hospital psiquiátrico, onde viveu nos dois anos seguintes, ela conhece um novo mundo, de jovens garotas sedutoras e transtornadas. Entre elas está Lisa, uma charmosa sociopata que organiza uma fuga com Susanna, Daisy e Polly, com o intuito de retomarem suas vidas.
Assista ao trailler do filme:
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