por Renato Acácio
Pode ser que nem toda a juventude underground e modernosa que esteve no Studio B na noite do último dia 25 saiba, mas a casa, que foi palco para o show da banda Móveis Coloniais de Acaju, tem uma história que está intimamente ligada à existência da cena underground da Baixada. Para contar um pouco dessa história é preciso voltar no tempo e contar antes a história da Rádio Comunitária Baixada Fluminense.
A Rádio, que vem dando o que falar na região, foi idealizada por Guto Golf e Charles Alves Buss, que sentiam que o rock e o underground estavam morrendo não só no município de Nova Iguaçu, mas em todo o estado do Rio de Janeiro. De uma geração mais velha que a garotada que pulava e se debatia no show da banda brasiliense na quinta-feira, eles acompanharam a ascensão e extinção da rádio Fluminense FM, A Maldita, que na década de 1980 projetou nacionalmente bandas como a carioca Barão Vermelho, a brasiliense Legião Urbana e a paulista Plebe Rude.
Ondas malditas
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Democracia digital
por Morgany dos Santos
Segundo a pesquisa TIC Domicílios, 10,4 milhões de residências brasileiras têm computador em casa. Isso corresponde a 19% do total de casas no Brasil. A mesma pesquisa feita em 2005 registrou 2,09 milhões lares contemplados com a chamada democratização da informática. Da massa de usuários de computadores, 25,04% ainda o fazem em lan-houses, enquanto 25% só têm acesso no trabalho, 18,05% na escola, mais de 16% na casa de colegas/ amigos e 3,06% recorrem a projetos públicos como Infocentro.
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Dança com Jesus
por Tony Prado
“A dança, como uma das primeiras formas de arte do mundo, gradativamente perdeu a sua força de expressão. Na nossa sociedade e, especialmente, no Rio de Janeiro, a dança deixou de ser a comunicação do íntimo com o sonoro para se tornar uma representação vulgar de atos sexuais. Por isso acho que um evento como este traz à tona o verdadeiro sentido da dança, independentemente do cunho religioso, mas sim pelo demonstrar do sentir e da integração dos nossos três centros: pensar, sentir e agir. Sendo esse uma mostra muito importante, tanto pra quem participa quanto para quem vem assistir”. Esse foi o comentário do bailarino Willbert Basílico, 22 anos, da Academia Teresa Petsold, sobre a I Mostra de Dança Gospel em Nova Iguaçu, que aconteceu na sede da Comunidade Evangélica Sarando a Terra Ferida, em Miguel Couto, no último dia 05 de Junho.
A I Mostra de Dança Gospel de Nova Iguaçu foi um evento incomum para a região porque, além das apresentações das coreografias, houve workshops e aulas básicas sobre a dança e formas de se montar uma coreografia. Apresentaram-se cerca de 20 grupos de dança, formados pelas congregações evangélicas da Baixada Fluminense, contando com a presença da bailarina Adriana Miranda, que ministrou as aulas antes das apresentações. A Secretaria de Cultura e Turismo de Nova Iguaçu foi representada pela atriz Silvia Regina, que trabalhou como jurada do evento.
Produzido pela coordenadora cultural Claudina Oliveira, que idealizou a mostra, o evento ganhou um público diversificado e maravilhado com as apresentações. “É de uma importância muito grande um evento que possa alcançar a população de Nova Iguaçu de modo que se conheça uma nova forma de se demonstrar para o mundo, trazendo sublimação e não deterioração. É uma forma de se integrar, divertir e participar de uma explosão de sensações”, disse a produtora.
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Pequeno alcance
por Felipe Branco
Em comemoração ao dia do cinema nacional (19 de junho), o Instituto Federal do Rio de Janeiro, em Nilópolis, promoveu o "Pare, Entre, Curta!" nos dias 17 e 18. No primeiro dia, uma maratona de 10 horas exibiu curtas como “Geraldo voador”, “Nevasca tropical”, “1986”, “A Re-volta do Rei João”, “Nozes”, “O atleta e o sedentário”, “Dalva”, “O primeiro olhar” e “Através das grades”, entre outros. Já no segundo dia, o roteirista Flávio Machado e o diretor Guilherme Whitaker atraíram principalmente estudantes de Produção Cultural, que lotaram a sala para discutir a cada vez mais efervescente cena cineclubista nacional.
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Merecia mais
por Wanderson Duke Ramalho
Raramente vejo um filme por conta da sua história ou pelo release na contracapa. O antigo jargão “não se julga o livro pela capa” também funciona no cinema.
Soube do lançamento de “Bright Star”/ Brilho de uma Paixão por um amigo que achou que a temática me agradaria. Ele não sabia que o poeta britânico John Keats é um dos meus favoritos e foi uma das primeiras obras poéticas que tive contato – graças à caridade de outra grande amiga.
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