por Joyce Pessanha
A aventura começa quando seu pai, o Rei, declara que o filho deverá fazer uma viagem pelo mundo, para que possa conhecer melhor a realidade das coisas. Acompanhado por um mestre e pelo bufão Tonino, o príncipe parte para sua aventura, descobrindo um novo mundo, diferente dos contos mágicos, mas não diferente no final feliz.
Essa foi a peça exibida no teatro do espaço cultural Sylvio Monteiro, em Nova Iguaçu, na mostra Colisão Teatral onde puderam, além de apresentar o espetáculo, ouvir conselhos e propostas de profissionais que o Colisão convidou para a ocasião. Natália Trote, que interpreta o Príncipe Azul, está no terceiro ano do ensino médio no colégio Santa Mônica. “Eu entrei no colégio Santa Mônica aos 4 anos e quando fiz 11, abriram uma escolinha de teatro no colégio", diz ela, que se interessou em fazer o curso, pois já gostava de interpretar em casa vendo as novelas. "Fui uma das primeiras alunas, fiz duas peças na escolinha. Depois de um ano fui convidada pelo professor e diretor Mauro Marquês a fazer parte da cia. de teatro do colégio”, conta a jovem que agora tem 18 anos de idade e quase seis de experiência teatral.
O grupo de teatro do Colégio Santa Mônica já participou de vários festivais, dentre eles o 1º Festival de Teatro Adulto do Tijuca Tênis Clube, em setembro de 2006, no qual a jovem atriz foi indicada a um prêmio: “Nesse festival fui indicada a atriz revelação e ganhamos o prêmio de Melhor Espetáculo, Melhor Espetáculo pelo Júri Popular, Melhor Direção e Melhor Cenário. Com isso, ganhamos uma temporada de um mês no teatro Henrique Brieba, no Tijuca Tenis Clube”, diz a sonhadora Natália, que tem como prioridade terminar o ensino médio e ingressar em uma universidade pública no curso de Comunicação Social, mas não pensa em abandonar a carreira de atriz: “Pelo contrário, o que eu mais gosto de fazer é interpretar, mas quero ter uma outra profissão”.
A vida de estudante com a loucura do teatro exige muito da jovem, mas seus pais fazem toda a diferença na hora do corre-corre: “Muitas vezes fazem inclusive papel de diretores em casa, passam o texto comigo, me dão dicas e ideias. Não só eles, a minha irmã Juliana, de 11 anos, também sempre me ajudou e agora mais ainda, pois entrou para a Cia. esse ano, então podemos ensaiar juntas em casa. É bem divertido!“
Com o grupo de teatro, Natália já viveu muitas histórias engraçasdas: “E todo mundo sabe o quanto o pessoal de teatro é louco”, comenta a jovem, que conta que após terem ganho o Festival de Teatro Cidade do Rio de Janeiro no teatro Princesa Isabel com a peça “Aladim no Sertão”, invadiram as ruas de Copacabana gritando e pulando de alegria: “Todos nós ficamos muito felizes e saímos pela Av. Princesa Isabel em Copacabana, gritando, dançando, correndo, pulando, subindo em postes e fomos comemorar em uma pizzaria”.
A jovem ainda conta que considera um desafio fazer um personagem masculino, mas que ama o papel do Príncipe Azul, pois com a peça aprendeu vários conceitos que levará para a sua vida inteira: “Adoro o final do texto, quando o Rei pergunta ao filho: 'Aprendeu, meu filho, que a vida não é um ‘conto de fadas’? E o príncipe responde: 'Não, ao contrário, vi todos os meus sonhos realizados porque eu acreditava neles. Felizes são aqueles que sabem fazer de sua vida uma grande aventura”.
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