por Dine Estela
O que fazer quando seu filho de 9 anos mexe no seu Iphone com mais intimidade que você e já domina ferramentas como Orkut, Facebook e MSN sem deixar de ver e ouvir a TV e o MP3, mas ainda não tem malícia para se defender de ataques na internet. Estamos falando da “Geração Z”, que sucede a Y. Segundo estudos, as pessoas que nasceram a partir de 1995 têm essa agilidade para lidar com as novas tecnologias porque chegaram na era da World Wide Web (www). Como a grande característica dessa geração é zapear, para eles não importa as informações que estejam sendo passadas ao mesmo tempo porque só vão dar a devida importância ao que lhe interessar.
Diante desta realidade, a grande preocupação dos pais é com a segurança destes aventureiros que não medem esforços para conhecer novos horizontes e pessoas via internet, tornando-se vítimas frequentes de bullying e outras ameaças. Neste momento, é importante dialogar com os filhos para que não adicionem e conversem com pessoas estranhas, não passem informações pessoais pela rede e muito menos abram a webcan. No entanto, chegam diariamente à Delegacia de Crimes na Internet relatos de bullying e crimes de aliciamento de menores, restando a opção de controle dos pais oferecidos por vários softwares como o Norton Online Family e o AVG Link Scanner. Alguns provedores como a UOL também oferecem estas opções.
Maria da Penha, de 67 anos, moradora de Nova Iguaçu na Baixada Fluminense, é mãe de uma pré-adolescente de 11 anos e não tem a menor intimidade com computadores, mas percebeu algumas características de que sua filha estava fazendo algo errado na rede como mudar e até desligar a tela quando ela entrava no quarto, se isolar dos amigos e da própria família por horas e até dias. Não sabendo o que fazer, procurou amigas que pudessem orientá-la sobre o controle de navegação de sua filha. “Fiquei muito preocupada porque não quero ser invasiva ao ponto de instalar programas espiões na máquina, no entanto, mesmo orientando sobre os perigos na rede ela continua agindo dessa maneira. Penso que possa ser algum namoradinho que esteja querendo esconder, mas ao mesmo tempo fico preocupada com outras violências”, disse Maria.
Para os pais sem familiaridade com a internet, a opção é ler o que dizem os manuais de boas práticas na rede. O Movimento Criança mais segura na internet, idealizado pelo escritório Patrícia Peck Pinheiro Advogados (www.pppadvogados.com.br), por exemplo, responde alguns questionamentos comuns como: Ter vários amigos no MSN, YAHOO MESSENGER, GOOGLE, ICQ, TWITTER, entre outros, significa que posso confiar minhas informações pessoais a esses amigos? Posso publicar fotos em sites de relacionamentos? Se alguém usar meu computador ou e-mail para praticar uma ofensa a outra pessoa, eu serei responsável? Posso fotografar quem eu quiser com a câmera do meu telefone e ainda publicar essas imagens na internet? Como eu consigo identificar um e-mail fraudulento? O que devo fazer se alguém me ameaçar digitalmente? Entre outras.
Bullying virtual
domingo, 5 de junho de 2011
Marcadores: Dine Estela, Mainstream
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