A liberdade pede passagem

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

por Larissa Leotério


Está havendo uma revolução na história do país: após dez anos tramitando no congresso, foi aprovado pela Câmara dos Deputados o Estatuto da Igualdade Racial e só esperamos que seja aprovado pelo Senado. Existia a previsão de que a aprovação saísse durante as comemorações de 20 de novembro, Dia da Consciência Negra.

Toda esta demora e este último atraso se devem às polêmicas como vagas para a população negra em instituições federais de nível médio e superior, proibição ao empregador da exigência de boa aparência e foto no currículo, garantia às comunidades de quilombos de conservar seus costumes e práticas com proteção do Estado, além de reiterar o livre exercício dos cultos religiosos de origem africana e liberar assistência religiosa aos seguidores em hospitais.

Por terem ficado de fora pontos importantes como percentual de cotas para negros em universidades e a definição de quem eram os remanescentes dos quilombos, como o existente em Nova Iguaçu, é que ainda se discute.

Esta discussão não pode esperar mais. Tem que ser feita hoje e em cada território, por cada negro, branco, amarelo, lilás. Somos mistura, miscigenação. Brasileiros. É por isso que acontece hoje um debate sobre o Estatuto em Nova Iguaçu. Interessados, não importando a cor da pele, é só aparecer no auditório da Escola Municipal Monteiro Lobato, às 18 h.

No debate todos os lados saem ganhando, quem fala, quem ouve. Os pontos de vista se mostram, às vezes se batem, nem sempre chegam a um consenso. Mas todos crescem um pouco. E, finalmente, ganha quem tanto sofreu.

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