Redundância futurista

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

por Melissa Saliba


Com direção de Jonathan Mostow (o mesmo diretor de o "Exterminador do futuro 3: A rebelião das máquinas"), "Substitutos" é uma ficção científica ambientada num futuro não muito remoto que prenderia a atenção do espectador, não fossem os diversos momentos em que cai na redundância.


Em um futuro onde os homens vivem isolados e não precisam fazer nada além de comandar os substitutos (robôs belos e inteligentes, que, além de não cometerem erros ou crimes, preservam a vida da humanidade) através de uma cadeira. Bruce Willis interpreta Tom Greer, um agente do FBI que tem como parceira a agente Peters (Radadh Mitechel). Juntos, os dois tentam desvendar um crime onde a morte dos substitutos causa também a morte de quem os comanda.


‘’É assim durante todo o filme: em qualquer cena um pouco mais complicada, Mostow exagera nos elementos para explicá-la, receoso de que a história se torne confusa", disse o crítico Heitor Agusto do site do Cinemark. "Isso é subestimar a capacidade do espectador de juntar “lê” com “crê". Só faltava o rostinho do diretor aparecer no canto da tela, à Mortal Kombat, e perguntar: e aí, entendeu?” Um exemplo dessa redundância é o momento em que o agente interpretado por Bruce Willis fala da morte do filho: seus olhos se enchem de lágrimas, entra uma música melancólica e, em seguida, mostra os brinquedos e as fotos do filho.

Por outro lado, há momentos em que não se quer tirar o olho da tela, como nos efeitos especiais utilizados nos espetaculares saltos do protagonista, que lembram "O tigre e o dragão".

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