por Nany Rabello e Lucas Limas
A tarde da última sexta-feira, dia 4 de dezembro, foi de muita alegria, descontração, música, dança e animação na Escola Municipal Dr. Ruy Berçot de Mattos. A razão para tudo isso foi a culminância de fim de ano, associada ao Festival Escola Viva: várias apresentações foram feitas, cada uma representando uma oficina do programa Mais Educação, uma parceria entre a Prefeitura Municipal de Nova Iguaçu e o Governo Federal que está mudando a realidade das nossas escolas municipais.
Nesse segundo semestre, os mediadores de cultura trabalharam com os alunos, tanto nas oficinas como dentro de sala de aula, os contos e histórias do escritor e matemático Malba Tahan, o maior divulgador da matemática no país, e do folclorista, jornalista e antropólogo Luís da Câmara Cascudo. “Esse semestre eu trabalhei seis contos com as crianças”, conta a professora de cultura matemática, Mariana Braga, de30 anos. “Foi a partir do livro do Malba Tahan, que tem as histórias baseadas em matemática, tem divisões, adição, etc. Sempre adaptado às crianças, tanto para os menorzinhos quanto para os mais velhos”.
O evento foi narrado pela Rádio Cidadão, uma pequena rádio improvisada pelos alunos e pelo mediador da oficina de rádio, Edison de Souza. A jovem Ingrid Alves foi a apresentadora da transmissão. O programa teve direito a repórter e entrevistas ao vivo com a repórter Priscila, que faz parte das oficinas de jornalismo do programa. Vale ressaltar que uma das entrevistadas da tarde foi a jovem repórter Nany Rabello. A rádio foi a primeira prova de que a integração entre as oficinas do programa funciona.
Estratégias de motivação
A tarde do Festival Escola Viva foi aberta pelo Rap do Sapo, que a professora Rosângela Teixeira, de 46 anos, elaborou com seus alunos nas oficinas de cultura portuguesa. A música foi baseada em um dos contos do escritor Câmara Cascudo, em cima dos quais a turma trabalhou dramatização, histórias e criações. “As crianças adoraram”, conta a professora, que ao longo do semestre armou diversas estratégias para manter as turmas sempre interessadas nas histórias de Câmara Cascudo. “É claro que tem dias que a criança está meio desmotivada, porque nós trabalhamos um semestre todo apenas em cima dessas histórias”.
Nas oficinas de cultura matemática, a professora Mariana dissociou o trabalho de adaptação da História do Silêncio da palavra matemática a fim de atrair a atenção dos alunos para o universo de Malba Tahan. “Os alunos estranharam bastante no início, mas, para manter o interesse deles, evitei dizer que eles estavam numa aula de matemática”, conta ela, que adiou o quanto pôde falar nas operações embutidas nas crônicas do autor. “Por isso, minha proposta inicial foi apresentar a matemática pra eles de uma maneira diferente, contando história”.
A união das oficinas foi um ponto marcante nas apresentações. A oficina de capoeira e a de percussão se uniram para apresentar uma roda de capoeira com muito berimbau, além dos instrumentos de percussão feitos pelos próprios alunos. A roda de capoeira foi inspirada nos contos de Câmara Cascudo, onde os alunos representavam sapos e coelhos; para retirar um sapo da roda só outro sapo, e vice-versa.
Ainda no espírito da música, uma versão super animada e brasileira da cantiga Sambalelê foi apresentada pelos alunos da oficina de Canto Coral, coordenada pelo mediador e tecladista Helder Costa. “As crianças se animam bastante, mesmo sendo algo que elas não estão acostumadas”, conta o professor, que, depois de se desculpar por não ter encontrado uma música que incluísse o tema desenvolvido no festival, apresentou um ritmo não apenas bem brasileiro, mas com o qual as crianças se identificassem.
Vergonha
“Além de serem muito pequenas e não conseguirem gravar os textos, muitas crianças têm vergonha de aparecer”, diz a mediadora Roselaine Figueira, responsável pelas oficina de teatro, durante as quais adptou 'A princesa e o sapo' para o universo dos fantoches. Os bonecos e a casa para a apresentação foram confeccionados pela própria Roselaine, e fizeram a alegria dos baixinhos presentes.
Os presentes puderam ver alguns dos trabalhos de pintura e colagem feitos pelas crianças durante o semestre, sempre inspirados nos personagens dos contos, como o coelho, o sapo e o camelo. Uma sala foi reservada para a exposição dos trabalhos e os pais que chegavam à escola eram direcionados para lá, para ver os trabalhos dos filhos. As professoras de cultura portuguesa e cultura matemática estavam presentes na sala para explicar os trabalhos das crianças, até a hora do início das apresentações.
Também chamou a atenção dos pais a decoração do colégio, que foi fez uso de patas de camelo e sapo pelo caminho onde os responsáveis iriam passar, até os contos escritos e colados nas paredes, para quem quisesse ler e entender um pouco mais do que estava sendo trabalhado. Nas paredes da escola, havia murais com fotos de todas as oficinas. A tarde foi encerrada com um lindo solo cantado pela aluna Lohana, ensaiada pelo professor Helder.
Tudo que acontece na escola é divulgado no Blog Ruy Berçot, que os monitores do Mais Educação criaram para divulgar o trabalho das crianças. O endereço é www.blogruybercot.blogspot.com e conta com vídeos e fotos da grande festa. Mas, como o ano ainda não acabou, os alunos da escola ainda têm muito que ensaiar, pois apresentam no próximo dia 17 uma linda cantata de natal, que já virou tradição na escola.
Integração de fim de ano
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Marcadores: Bairro-Escola, Lucas Lima, Nany Rabello
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2 Comentários:
Graças a Deus na nossa escola deu tudo certo!!!
Decoramos a escola da melhor forma possível e se não fosse os alunos e a coordenação do Ruy Berçot nada disso teria acontecido!!!!
Então aqui vai o agradecimento de toda equipe de estagiários e monitores que trabalharam para que um sonho virasse realidade!!!
Agradeço a todos que ficaram do nosso lado e nos deram esperança que tudo daria certo!
Um super bjo!!!
Mariana Braga
eu amoooooooooooooooooooooooooooo muito essa escola e eu nunca vou sair dali te amoooooooooo ruy do meu coraçao
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