Superamigos

quarta-feira, 18 de maio de 2011

por Pedro Felipe Araújo

Eles estão por aí todos os dias, salvando vidas e indo ao encontro daqueles que precisam de sua ajuda. Super-heróis do cotidiano, eles são os socorristas do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).

Sempre que alguém precisa de cuidados médicos sabe que contará com uma equipe médica competente se acionar o 192 do celular. Mas quem são esses homens e mulheres por baixo dos macacões, que dedicam suas vidas ao próximo? “Estar dentro de qualquer grupo que se dispõe a ajudar aqueles que precisam, por si só, já é muito gratificante”, diz a técnica em enfermagem Fabiana Pacheco, uma mineira de 28 anos que mora em Miguel Couto.


Trabalhando há mais de dois anos nessas unidades móveis, Pacheco sempre sonhou em mudar o mundo. “Desde pequena eu queria poder fazer parte das mudanças que todos esperamos que aconteça, eu me dediquei a isso e, talvez, não seja muita coisa, mas faz toda diferença para cada uma daquelas pessoas que sei que ajudamos a cada plantão.”

O socorrista Felipe Araujo, de 47 anos, trabalha com o mesmo entusiasmo que sua companheira de trabalho. E ainda se emociona com algumas ocorrências que pôde presenciar em sua trajetória de quatro anos e meio no ramo. “Uma vez fomos chamados pra levar uma gestante à maternidade para que ela pudesse dar a luz ao seu filho, mas não deu tempo de chegar ao nosso destino e tivemos que fazer o parto dentro da ambulância. Eu nunca antes tinha presenciado uma situação assim e, mais que assistir, nós também protagonizamos o momento mais importante: o despertar de uma nova vida. Cortamos o cordão umbilical ali mesmo e nos emocionamos com a situação, envolvidos com o caso”, diz ele com a voz embargada.

A amizade é fundamental para o sucesso da equipe, acredita a técnica em enfermagem Laís Garcia, 24 anos. Segundo ela, a relação entre todos eles, dentro e fora do âmbito de trabalho, é de muita amizade e companheirismo. Vizinhos, ela, Fabiana Pacheco e Felipe Araujo garantem que tudo é mais fácil quando se confia na pessoa que está ao lado. “E quem melhor para se confiar se não em um amigo? Já existe uma sintonia natural entre nós”, diz ela.

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