Vida mansa

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

por Edson Borges Vicente


Jéferson Marinho dos Santos, 18 anos, conheceu o CISANE do KM 32 por intermédio de seu irmão Jenison Marinho dos Santos, 15 anos, que fazia parte das oficinas de capoeira e de percussão. Foi mais do que um amor à primeira vista. Como muitos jovens de Jardim Paraíso, ele usou as atividades oferecidas pela ong para romper com um histórico de ociosidade. “Tinha muitos jovens que ficavam na rua, sem fazer nada” afirma ele.


Para Jéferson, as atividades culturais que pratica vão além da dimensão simbólica. “A capoeira é uma atividade física, faz bem à saúde e ajuda também na disciplina”, explica.

Já com percussão ele foi mais longe. Juntamente com o irmão e todo o grupo, ele conheceu os estúdios da Rede Globo durante as gravações de Malhação. Conheceu artistas e fez o que sabe bem: tocar. Foi uma experiência maravilhosa para ele. “Chegamos e ficamos na maior vida mansa, só comendo e vendo televisão. Tiramos fotos com artistas e tocamos na gravação”, conta Jeferson.


Tudo isso foi possível por intermédio da gestão do CISANE e da figura do professor Paulo Negueba, que também faz parte do Afro-Reggae. “Como o pessoal do Afro-Reggae já está muito famoso, eles não aceitaram. A proposta foi feita pra gente e todos toparam levar a sério”, relata.

O que fica disso, segundo ele, é a elevação da autoestima do grupo e o reconhecimento do valor da cultura na comunidade. “O mais legal é que muita gente achava que era perda de tempo, que não ia me levar a lugar nenhum e isso não é verdade. Foi bom pra mim, para meus amigos e bom pra imagem da instituição”.

O jovem compreende que seu papel na Pré-conferência Municipal de Cultura da última segunda-feira é semelhante ao que faz nas oficinas de capoeira e percussão do CISANE. “Outras pessoas podem perguntar como é e eu responder, colaborar ou até mesmo ajudar”, finaliza.

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