Não se fala de outra coisa na cidade

sexta-feira, 16 de abril de 2010

por Renato Acácio

A abertura do Iguacine na noite passada foi um completo sucesso de público. O pátio e principalmente o teatro do Espaço Cultural Sylvio Monteiro ficaram completamente lotados. Pessoas de todos os cantos e de todas as idades da cidade de Nova Iguaçu e do Rio de Janeiro compartilharam o mesmo espaço no evento, promovendo uma verdadeira diversidade cultural e diversidade de relações dessas diferentes pessoas com o cinema, as artes e o evento em si.



Parte dessa diversidade se dá pelo convite de amigos e familiares dos envolvidos de alguma forma no evento e do apoio dos convidados interessados em prestigiar o trabalho deles. Esse é o caso de Balbina Francisca, uma moradora de 66 anos do bairro da Cerâmica, que veio a convite de um de seus netos, estudantes da Escola de Música Eletrônica, que anda transformando poemas de alguns nomes da literatura em Hip Hop. Apesar de estar muito confortável e interessada no evento, a dona Balbina só tinha uma preocupação: a volta pra casa. “Espero que termine antes da meia-noite. Caso contrário, vou ter que sair antes de acabar. Meu último ônibus sai nesse horário”.

Outras pessoas vêm conferir o evento pelo que ele se tornou na cena cultural da cidade, como é o caso da jornalista e assessora Jeania Maria, moradora do centro, que mesmo de passagem a caminho de uma festa de abertura de temporada teatral, fez questão de marcar presença. “Fiquei sabendo na imprensa de Nova Iguaçu sobre o festival, não se fala de outra coisa na cidade. Estou achando tudo lindo. É uma pena não poder ficar mais um pouco, mas virei nas outras noites”, promete a jornalista. É o caso também do estudante de engenharia e músico Felipe Lemos de 25 anos de Mesquita. “Vim porque o Iguacine é um dos maiores eventos de cultura de Nova Iguaçu, e eu como músico vejo que a Baixada precisa de eventos dessa magnitude. Temos talento, mas falta uma união dessa e iniciativas do gênero”, desabafa o estudante.

Muitos compareceram também pela social, para encontrar os amigos, além de assistir aos filmes, claro. Como é o caso da estudante de massoterapia e poetisa Amanda Nevrak, de 20 anos. “Fiquei sabendo do festival pelos meus amigos que estão na produção e também pela internet. Estou aqui para encontrar com eles, beber uma cerveja, e também procurar outros poetas da cidade para um projeto de livro que estou envolvida. É um livro com poemas de autores novos e antigos todos de Nova Iguaçu. Acho que tenho mais chances de encontrar gente interessada nesse projeto aqui”, explica a poetisa. É o caso também de Fabiano Lage, um estudante da Escola Livre de Cinema de Nova Iguaçu de 23 anos, que veio encontrar com seus colegas, prestigiar o seu professor, o diretor Cacá Diegues e fazer contatos no evento.

A noite de abertura foi reflexo do festival que contará com programação voltada especialmente desde às crianças até uma noite selecionada para a terceira idade. Ontem foi só o começo e muito ainda está por vir. Convidem seus familiares, venha encontrar seus amigos e aproveitem as sessões!

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