A coisa mais linda do mundo

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

por Larissa Leotério

É com “Alma Gêmea”, do Fábio Jr., que começa a performance musical de Janinny Damas. E segue com clássicos da MPB, com uma ajudinha da pequena Yasmin, de 4 anos, que estava na plateia. Depois, a cantora natural da cidade de Mesquita continua sua apresentação.

Quando perguntada sobre a importância do EncontrArte, Janinny se declara suspeita para opinar. Amiga dos organizadores do evento, desde a época em que todos faziam teatro juntos no SESC, a moça esteve presente em sua primeira edição: “Saí num carro de som pela cidade, cantando. E foi a coisa mais linda do mundo”. Conta também que está adorando o crescimento do evento e que ama todos os organizadores, por fazerem do EncontrArte o sucesso que é.

Sobre seu repertório, aparentemente mais puxado para a MPB, Janinny se declara uma cantora eclética. Forró, rock... “Tudo que tiver de ser, eu canto”, conta. Em seu CD, “Janinny Damas - Corações”, revela que apenas duas faixas são regravações: ‘É d’Oxum’, de Jerônimo e Dedé Callazans, e ‘Dois Corações’, gravada por Nana Caymi.

Estilo próprio

por Lívia Pereira

O tempo e espaço da maioria dos adolescentes, a escola, foi o palco da entrevista com Joyce da Costa, autora dos quadrinhos “Electron tenn”, “ Nizz” e outros.

Em meio à confusão de gritos, fila de cantina, brincadeiras e correria na hora do intervalo, um recanto de tranquilidade e sensatez se alicerçava a cada palavra dessa jovem escritora e desenhista.

Aos seus quatorze anos, já sabe o que quer da vida, e da esperança de trabalhar com desenho vem a vontade de ser arquiteta. Dedicada a tudo que faz, vê-se a sutileza de suas fronteiras entre a escola e o mundo, entre as altas notas que tira e os desenhos descontraídos que faz.

“Eu sempre observava o meu primo quando ele desenhava, até consegui imita-lo, mas eu não fiquei satisfeita. Eu queria ter meu estilo próprio...”

Filhos de Deus

por Wandersson Duke

Em uma manhã de quinta-feira que reunia todos os motivos para que nos mantivéssemos sob o aconchegante abraço das cobertas, a Cia. Teatral Nós da Ribalta apresentou, no SESC, sua esquete infantil “Viver a vida”. Talvez por isso, apenas três dos 12 atores da companhia deram o “ar da graça” na mostra daquela manhã, dia 30 de setembro: o ator e diretor Cláudio Monart, 37, o ator e circense Sandro Felix, 22 e a atriz e dançarina de sapateado Lilian Lopes, 34.

Durante a apresentação da esquete, no hall de entrada do teatro do SESC, dava para se perceber os olhares curiosos lançados para os atores durante o desenrolar da história. “Viver a vida” foi minuciosamente observado pelo público espontâneo que ali estava e por alunos das escolas da rede municipal de ensino da região. Sob a supervisão dos professores das escolas, os alunos mostraram-se bastante preocupados quando o assunto era a proximidade e a percepção do espetáculo ali apresentado. Cada centímetro foi cautelosamente disputado pelos alunos, para que não perdessem nenhuma palavra ou gesto dos atores. “Quero entender tudo, faça silêncio”, disse Jéssica Caetano, 12 anos, aluna da Escola Municipal Monteiro Lobato, para um amigo que soltou um “eba” durante a encenação.

O enredo era o seguinte: três amigos de uma cidade pequena tinham cada qual seu talento. Mas, como ninguém na cidade se interessava em ver suas respectivas apresentações, partem para a desconhecida “Cidade Grande”. Lá, montam um espetáculo que resulta na união harmoniosa de um tom cômico circense, um musical muito bem orquestrado e uma apresentação de sapateado das mais apaixonantes. O enredo da trama - ensaiada às pressas e inicialmente feita com o propósito de treino - reflete a situação profissional de cada um dos integrantes da trupe. “Cada uma aqui exerce uma profissão independente das artes cênicas. Por esse motivo não estamos sempre em circuito, sempre paramos, mas também voltamos”, diz Lilian.

 
 
 
 
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