apor Mayara Freire
Em meio ao dia de premiação  do III Festival de Cinema de Nova Iguaçu, o secretario de cultura de  Nova Iguaçu Marcus Vinicius Faustini fez um abalanço sobre a importância  do Iguacine para o município, assim como para os realizadores de cultura  e publico. Em uma rápida conversa descontraída, ele destacou o que  considerou de mais importante e a projeção do evento. 
Cultura NI: Qual foi  sua avaliação sobre o resultado do III Iguacine?
Faustini - O festival  é um ambiente, e a cultura precisa desses ambientes. Não é somente  feito de objetos, como um filme e um objeto artístico. É necessário  ter um ambiente de apresentação. Por isso, o iguacine  é um  local de apresentação da Baixada para o Centro do Rio de Janeiro,  o Brasil e vice versa. É um espaço para pessoas conversarem, criticarem.  Isso sempre requer que se pense no festival. Quem acha que  isso acontece  naturalmente, na verdade não o é. Ele é sempre muito pensado. Acho  que este ano está diferente em relação aos outros. Tem gente diferente,  as estratégias deram certo, os artistas compareceram e realizaram coisas  boas. A cidade está de parabéns, pois já compraram a idéia do Iguacine.   Sobretudo, isso mostra que a periferia não  é lugar de carência e  sim de potencia. Acabou esse conceito de que a periferia vai receber  cultura. Agora ela também faz!
Cultura NI: Como você  vê a repercussão deste Festival?
Faustini- Observei  que todos estão impressionados com o conceito do Iguacine.  Tenho  certeza que o evento vai influenciar muitos outros festivais, muitas  outras formas de fazer,  pensar, além de pensar ambientes. O festival  não é formação de platéia apenas, mas sim um modo de ver o Brasil  e a cultura brasileira. Eu acho que demonstra uma grande potencia. Estou  feliz pois é resultado da minha gestão e de todos que estão trabalhando  de maneira colaborativa. Acho que ajudou a superar o que a cidade tinha  em alguns momentos: grupos culturais que brigavam entre si. Vejo que  o evento acabou com isso, proporcionando misturar vários agentes culturais.  Portanto, não estão mais separados e sim unidos. 
Cultura NI: Quais foram  as mudanças em relação aos outros festivais?
Faustini- Desta vez  teve mais produção da baixada, mas ainda acho que devem produzir mais.  Eu acho que o terceiro festival é o resultado das tentativas do primeiro  e segundo. Definitivamente amadureceu.  Saibam que o Iguacine não é  feito pela Secretaria de Cultura de Nova Iguaçu, mas sim pela Escola  Livre de Cinema, de Miguel Couto.  E nós apoiamos a causa, participamos  e ajudamos. Acredito que de modo geral coma minha saída, não se pode  depender de uma pessoa em nenhum lugar. Esse é o momento de todos se  unirem para garantir as mudanças que a nova gestão trouxe, e fortalecer  mais ainda a sociedade civil de Nova Iguaçu para garantir as conquistas.  Acho que a minha gestão foi boa para dar uma misturada, chacoalha e  embaralhar o que era fixo. Acho que avançou o que começou. É muito  bom ver gente com cara diferente. Teve gente com piercing  a camisa  de botão, trabalhadores, jovens a  idosos;  de realizadores engajados  a os que querem fazer filme de mercado. Teve de intelectual a pagodeiro,  funkeiro. É isso o que eu acho de mais bacana: amistura. Essa é a  potencia!
CulturaNi: Quais filmes  que mais te impressionou no festival?
Faustini- No geral, sou apaixonado  por “Recife Frio”, acho um filme contundente, e gosto de “O que  vai ser?”.