As cores de Alvito

quarta-feira, 6 de julho de 2011

por Hosana Souza


Recordo-me da primeira vez em que vi Marcos Alvito. Um homem alto, magro e branco, cinquentão, parado ao lado da já conhecida imagem falante de Julio Ludemir. Estávamos em Nova Iguaçu, a minha cidade que, naquela manhã, se revelaria um pouco mais. Caminhamos para uma ação do programa da prefeitura local, o Livro Livre, os dois escritores e as duas meninas curiosas. Pois como era de se prever Jéssica Oliveira me acompanhava em mais essa aventura, ela que é minha companheira desde a infância.

O destino era a Polinter. Eu que nunca havia visitado meu primo que fora preso, entraria na cadeia por outro motivo: pela fé de que a leitura é capaz de libertar. A cada passo na subida da ladeira imaginei a dor que minha tia sentia ao visitá-lo. Recordei que na quinta-feira anterior, enquanto ia para a escola, a encontrei no ônibus, firme com sua sacola de utensílios e lanches para ele. Só ela e a esposa o visitavam. Não que a família o houvesse rejeitado. O próprio não queria que tivéssemos dele uma lembrança assim. Agradeci mentalmente por ele não estar ali, naquela Polinter. Me muni da câmera fotográfica e parti para o trabalho.

Arrisco dizer que a penitenciaria é nosso capitulo zero. Minha primeira lembrança de Alvito. A primeira lembrança de Alvito no desenho de suas cores.

Nota sobre manifestações

por Rodrigo Caetano

Se você é um ser humano comum e possui Facebook, pare por um minuto e olhe os eventos que foi convidado. Você verá muitas coisas: Shows, festas, fim do mundo marcado para dezembro de 2012. Mas verá, também e principalmente, algo que tem se tornado uma febre - não sei se no sentido bom ou ruim -, que são as marchas, caminhadas, paradas. Os motivos são os mais variados já vimos sobre a maconha, Jesus, liberdade, lançamento de novas redes sociais, a Marcha da Vadias.

Mas, com toda a certeza, a que existe há mais tempo, e com mais força, no Brasil é a Marcha Gay – ou Parada Gay. E no último domingo, três de julho, foi à vez da cidade de Nova Iguaçu ganhar mais brilho, com a 8ª Parada do Orgulho LGBT.

 
 
 
 
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