Todo dia é dia de cena

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

por Yasmin Thayná


Na última terça-feira, Tiago Costa - ator profissional iguaçuano e produtor cultural - iniciou a oficina livre de teatro no Espaço Cultural Sylvio Monteiro, no centro de Nova Iguaçu. Cerca de 90 pessoas participaram do processo seletivo, realizado no ano de 2010. Vinte e três foram escolhidas. O júri, composto pelo próprio Tiago Costa e pela também produtora Sylvia Regina, propôs a criação de uma cena com quatro personagens em que ficasse clara a participação de todos eles.

A ideia das oficinas livres partiu do Secretário de Cultura e Turismo Écio Salles, para quem é fundamental atrair a comunidade para participar de atividades artisticas livres. As oficinas, que durarão seis meses, visam elaborar um espetáculo utilizando diversas linguagens teatrais. As oficinas serão divididas em duas fases: a primeira terminará com a produção do texto a ser montado; na segunda, Tiago Costa investirá na criação do figurino, a maquiagem e cenário.

Fogo no templo

por Felipe Branco


Ouvir jazz e heavy metal, tocar rock e hip-hop, dançar, produzir eventos, estudar e fazer roteiros e filmes, ir a estádios de futebol são só uma pequena mostra do que os novos crentes estão fazendo. Crentes nunca foram de ouvir jazz, heavy metal ou hip-hop, por serem recriminados ou simplesmente por essas coisas terem muita afinidade com o meio cristão tradicional. Fazer filme é coisa de gente moderninha ou descolada, coisa que crente não é, ou não era. Estádio é ambiente pesado, lugar que o crente não deve frequentar, ou não deveria se continuassem pensando como antes. Quem enxergava os evangélicos como seres de outro mundo, seres isolados da sociedade, presos no seu próprio mundo, livre dos prazeres e dos hábitos que a sociedade oferece, se engana. Hoje os crentes são uma parcela significativa da população, cerca de 46 milhões e atravessam todas as classe sociais. Há quem estime que em 2020 metade dos brasileiros será de crentes, já que seu crescimento é bem maior do que o crescimento da população total.

Rafael Schubert, um morador de Queimados de 19 anos e membro da Igreja Nova Aliança, não vê incompatibilidade entre sua opção religiosa e o hardcore que toca na banda Status Condicional, cujas letras louvam Deus da maneira tradicionalmente ácida desse estilo musical. “Nossas letras falam das pessoas que negam a existência de Deus, mas quando precisam de algo dizem 'ai meu Deus', conta o roqueiro, que também usa sua arte para criticar as pessoas que, embora acreditem no poder de Deus, continuam errando.


 
 
 
 
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