O zelador de nossa memória

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Equipe Jovem Repórter / Fotos: Josy Antunes


O secretário de Cultura e Turismo de Nova Iguaçu Écio Salles sugeriu que fizéssemos um ciclo de grandes entrevistas, “como aquelas da Caros Amigos”. “E elas devem começar com o professor Ney”, sugeriu. E quem conhece essa enciclopédia iguaçuana entende perfeitamente as orientações do sucessor de Marcus Vinícius Faustini, ele próprio um outro admirador do trabalho de resgate histórico e preservação da memória da Baixada Fluminense realizado pelo professor.

Nascido no Hospital do Iguaçu no dia 27 de setembro de 1940, Ney Alberto Gonçalves de Barros é o filho mais velho de Nilton Gonçalves de Barros e Leopoldina Machado Barbosa de Barros. “O colégio Leopoldo, do qual ela é uma das fundadoras, é uma homenagem a ela”, contou o professor no dia em que reunimos cerca de 10 jovens repórteres na sua sala, na entrada do Espaço Cultural Sylvio Monteiro.


Parte I – Desde o início

por Jéssica de Oliveira

Toda história tem início meio e fim. E esta, que será contada a partir de agora, teve seu começo em 1962, na favela Nova Holanda, Rio de Janeiro.

Ainda pequeno, Edilso Gomes Maceió, filho de mãe pernambucana e pai alagoano, dava seus primeiros passos na vida da arte, indo na contramão da Nova Holanda, favela do Complexo da Maré em que nasceu. “Nova Holanda era um lugar muito perigoso, a criminalidade tomava conta do lugar. E pra mim, nascer numa favela onde as famílias tinham oito filhos, procurar saber de que forma eu poderia alegrar e contribuir para melhoria da vida daquelas pessoas, impedindo que as crianças entrassem para a vida da crime, foi natural”, conta.

 
 
 
 
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