Ondas malditas

terça-feira, 29 de junho de 2010

por Renato Acácio

Pode ser que nem toda a juventude underground e modernosa que esteve no Studio B na noite do último dia 25 saiba, mas a casa, que foi palco para o show da banda Móveis Coloniais de Acaju, tem uma história que está intimamente ligada à existência da cena underground da Baixada. Para contar um pouco dessa história é preciso voltar no tempo e contar antes a história da Rádio Comunitária Baixada Fluminense.

A Rádio, que vem dando o que falar na região, foi idealizada por Guto Golf e Charles Alves Buss, que sentiam que o rock e o underground estavam morrendo não só no município de Nova Iguaçu, mas em todo o estado do Rio de Janeiro. De uma geração mais velha que a garotada que pulava e se debatia no show da banda brasiliense na quinta-feira, eles acompanharam a ascensão e extinção da rádio Fluminense FM, A Maldita, que na década de 1980 projetou nacionalmente bandas como a carioca Barão Vermelho, a brasiliense Legião Urbana e a paulista Plebe Rude.

Democracia digital

por Morgany dos Santos

Segundo a pesquisa TIC Domicílios, 10,4 milhões de residências brasileiras têm computador em casa. Isso corresponde a 19% do total de casas no Brasil. A mesma pesquisa feita em 2005 registrou 2,09 milhões lares contemplados com a chamada democratização da informática. Da massa de usuários de computadores, 25,04% ainda o fazem em lan-houses, enquanto 25% só têm acesso no trabalho, 18,05% na escola, mais de 16% na casa de colegas/ amigos e 3,06% recorrem a projetos públicos como Infocentro.

Dança com Jesus

por Tony Prado


“A dança, como uma das primeiras formas de arte do mundo, gradativamente perdeu a sua força de expressão. Na nossa sociedade e, especialmente, no Rio de Janeiro, a dança deixou de ser a comunicação do íntimo com o sonoro para se tornar uma representação vulgar de atos sexuais. Por isso acho que um evento como este traz à tona o verdadeiro sentido da dança, independentemente do cunho religioso, mas sim pelo demonstrar do sentir e da integração dos nossos três centros: pensar, sentir e agir. Sendo esse uma mostra muito importante, tanto pra quem participa quanto para quem vem assistir”. Esse foi o comentário do bailarino Willbert Basílico, 22 anos, da Academia Teresa Petsold, sobre a I Mostra de Dança Gospel em Nova Iguaçu, que aconteceu na sede da Comunidade Evangélica Sarando a Terra Ferida, em Miguel Couto, no último dia 05 de Junho.

A I Mostra de Dança Gospel de Nova Iguaçu foi um evento incomum para a região porque, além das apresentações das coreografias, houve workshops e aulas básicas sobre a dança e formas de se montar uma coreografia. Apresentaram-se cerca de 20 grupos de dança, formados pelas congregações evangélicas da Baixada Fluminense, contando com a presença da bailarina Adriana Miranda, que ministrou as aulas antes das apresentações. A Secretaria de Cultura e Turismo de Nova Iguaçu foi representada pela atriz Silvia Regina, que trabalhou como jurada do evento.

Produzido pela coordenadora cultural Claudina Oliveira, que idealizou a mostra, o evento ganhou um público diversificado e maravilhado com as apresentações. “É de uma importância muito grande um evento que possa alcançar a população de Nova Iguaçu de modo que se conheça uma nova forma de se demonstrar para o mundo, trazendo sublimação e não deterioração. É uma forma de se integrar, divertir e participar de uma explosão de sensações”, disse a produtora.

Pequeno alcance

por Felipe Branco

Em comemoração ao dia do cinema nacional (19 de junho), o Instituto Federal do Rio de Janeiro, em Nilópolis, promoveu o "Pare, Entre, Curta!" nos dias 17 e 18. No primeiro dia, uma maratona de 10 horas exibiu curtas como “Geraldo voador”, “Nevasca tropical”, “1986”, “A Re-volta do Rei João”, “Nozes”, “O atleta e o sedentário”, “Dalva”, “O primeiro olhar” e “Através das grades”, entre outros. Já no segundo dia, o roteirista Flávio Machado e o diretor Guilherme Whitaker atraíram principalmente estudantes de Produção Cultural, que lotaram a sala para discutir a cada vez mais efervescente cena cineclubista nacional.

Merecia mais

por Wanderson Duke Ramalho


Bright Star. Ing/Austrália/Nova Zelândia, 09. Direção e roteiro de Jane Campion. Com Ben Whishaw, Abbie Cornish, Kerry Fox, Paul Schneider, Edie Martin, Thomas Sangster, Gerard Monaco. 119 min.

Raramente vejo um filme por conta da sua história ou pelo release na contracapa. O antigo jargão “não se julga o livro pela capa” também funciona no cinema.

Soube do lançamento de “Bright Star”/ Brilho de uma Paixão por um amigo que achou que a temática me agradaria. Ele não sabia que o poeta britânico John Keats é um dos meus favoritos e foi uma das primeiras obras poéticas que tive contato – graças à caridade de outra grande amiga.

 
 
 
 
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