por Marcelle Abreu
Avon. Revista de cosméticos que há décadas vem mudando a vida não apenas de brasileiros, mas de pessoas no mundo inteiro. No Brasil há 100 anos, a Avon nasceu nos EUA quando seu criador David Mc Connell resolveu trocar a venda de livros porta em porta e investir no ramo de perfumaria. E não é que deu certo?
David investiu e chamou Florence, que foi a primeira revendedora, quando a revista ainda nem se chamava Avon. O nome veio décadas depois, em uma homenagem ao escritor inglês Willian Shakespeare, que admirava. Ele retirou o nome da cidade onde nasceu o escritor, chamada Stratford on Avon.
As meninas da cidade de Shakespeare
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Baixada é fashion
por Vitória Tavares
No Brasil dos dias de hoje, a liberdade de expressão é configurada como direito do cidadão e vista pelas cabeças pensantes como fator de formação de identidade cultural. Uma das maneiras que os jovens encontram para se expressar e formar sua identidade é a roupa, através da moda. A moda não se define por ser simplesmente o processo de produção de roupas e do uso das mesmas. A moda é algo que transcende as máquinas de costura.
Um exemplo disso é o estudante de moda Douglas Cardoso, um morador de Nova Iguaçu que tem uma loja virtual de roupas alternativas chamada ModeJoker voltada para o público underground da Baixada. "As pessoas que moram aqui já não ficam mais presas a paradigmas, querem mostrar-se para o mundo, estarem atualizadas e, antes de tudo, serem elas mesmas", relata.
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A estética de uma despedida
por Josy Antunes/ Fotografias: Grupo de crianças do Cineclube Donana
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Aperto no trem
por Raphael Ruvenal
Hora do rush na Central do Brasil acontece de tudo. Mas uma das preocupações de Dona Mônica, uma empregada doméstica de 35 anos que há anos faz o percurso diário da Baixada para o Rio de Janeiro, é com "esses caras bem abusados" que aproveitam o trem cheio para se encostar nela. Já chegou a bater em um deles, que insistiu na famosa encoxada mesmo depois de o vagão ter esvaziado. "Ele não saía de trás de mim de jeito nenhum", lembra ela. "Quando vi que tava já passando dá conta, quando senti algo estranho, dei uma porrada nele." Os passageiros a ajudaram.
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Toque de Midas
por Leandro Oliveira de Aguiar
O projeto das UPPs é o atual toque de Midas do Rio de Janeiro, com uma aparente paz imediata para as comunidades em que é implantado. A repercussão de anos de domínio do tráfico e negligência do estado nas comunidades favelas terminou de forma cinematográfica e a mídia agora explora de forma sensacionalista. Mas os questionamentos são tão rapidamente levantados quanto as imagens dos traficantes fugindo na Vila Cruzeiro em tempo real, que deixaram todos perplexos. Anos de domínio do poder paralelo ruindo em apenas uma tarde?
Seria benéfico ou não a ocupação policial do jeito que está sendo feita? Não é possível negar que o tráfico tal como era conhecido, com armas pesadas e uma tímida presença do Estado, acabou. Não é à toa que os preços das seguradoras de carro despencaram. A sensação de segurança de que as classes média e alta que moram no entorno das comunidades contempladas com UPP já se reflete no preço dos aluguéis, que deram um grande salto.
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