por Leandro Oliveira
Passear pelo subúrbio e observar pipas ao vento é cena mais do que comum. Durante as férias, então, é tradição consolidada. Julho e dezembro são épocas de alta temporada. O céu se colore e se transforma em uma bela pintura emoldurada pelas as crianças que correm pelas ruas junto com nostálgicos marmanjos que ainda se deliciam com o objeto feito de papel e varetas .
Há tempos imemoriais gerações se distraem com a arte ao vento que é praticada e suas paixões são constantemente renovadas. Todos ali cresceram escutando as histórias dos pais e avôs que passavam horas na rua e trazem a identidade do subúrbio em suas mãos talhadas com as cicatrizes da linha. “Desde criança pratico. É de pai para filho, meu avô já soltava pipa”, conta o vendedor ainda praticante Aurélio Antunes, 45 anos que enaltecem a tradição.
Entranhada na cultura popular empenar pipa é coisa de moleque malandro e basta andar pelas ruas para constatar a sua popularidade. “Em qualquer lugar em que se necessita de diversão humilde. Lá está ela presente da zona norte até a baixada fluminense”, diz Ubirajara Sousa, 35 anos, “Não tenho vergonha de assumir que é sou um grande soltador de pipas na laje”, explica orgulhoso.