Teatro cívico

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

por Hosana Souza

A primavera chegou e praticamente nada mudou. Mas, sendo está a estação das flores e das paixões, eu trago três palavras – e uma história apaixonada - para você, caro leitor do Cultura NI. Ônibus, determinação e alegria. Aparentemente essas palavras não têm nenhuma relação; entretanto, elas podem definir com perfeição a história da professora Christiane Ferreira e seus alunos da Escola Municipal Odir de Araújo. Agora, vamos por partes.

Na última terça-feira, tinha marcada uma consulta com o dermatologista; como sempre atrasada, entrei no primeiro ônibus que apareceu – mesmo sendo aquele um que me deixaria muito longe do local desejado. Como que por destino, percebi naquele Salutran Nova Iguaçu – Austin várias crianças da rede municipal de ensino, com seu característico uniforme azul, espalhadas em trio pelos bancos. Fui, então, acometida por um misto de curiosidade de Jovem Repórter e paixão por crianças típica de Normalista. Após uma breve observação, cheguei perto daquela que julguei ser a responsável pelo grupo; uma mulher alta, de sorriso largo, com óculos de aro fino, uma roupa roxa e uma criança no colo.

Boquinha de urna

terça-feira, 21 de setembro de 2010

por Albert Azenha e Raphael Ruvenal

Foi com esse tema que fomos para a rua tentar entender melhor como funciona o cotidiano das pessoas que trabalham em campanhas eleitorais.

É grande a quantidade de funções nesse período. Nessa abordagem encontramos desde coordenadores de campanha a plaqueiros e panfleteiros, mas o nosso foco era conhecer aqueles que passam sua maior parte do dia em praças públicas, em lugares de muito fluxo, entregando papeis e divulgando os seus candidatos.

Reencontro através do funk

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

por Renato Acácio


Santo de casa não faz milagre. Os percursos que o samba, a capoeira e o cinema novo trilharam para adquirir status de cultura nacional, digna de reconhecimento enquanto identidade, atenção e de expressão valiosa, tiveram de procurar reconhecimento no exterior, para só então obter um merecido valor de uma faceta da cultura brasileira. Não tem sido diferente com o movimento Funk Carioca. Acusado pela mídia de incitar a violência desde a década de 1990 e pela classe média de música pornográfica e desprezível no início dos anos 2000, o movimento Funk Carioca vem caindo no gosto internacional e promete virar o jogo assim como o Samba, outrora repudiado e nos dias de hoje aclamado pelas mesmos elitistas que o repudiaram, um dia o fez.

Um dos responsáveis e pioneiros em apresentar a cultura do Baile Funk Carioca para públicos internacionais atendem pelo nome de Bruno Verner e Eliete Mejorado. Juntos eles formam o TETINE, um projeto artístico que vai além da música, passando pelo audiovisual, a performance, a instalação e a poesia. Há 15 anos na pista, dos quais 10 produzindo na Inglaterra, o TETINE surgiu quando Bruno Verner, músico ligado à cena punk underground brasileira, foi fazer a trilha para uma performance em que Eliete Mejorado, atriz e artista visual, participava em 1995 em São Paulo. A partir daí a dupla não se separou mais e de lá pra cá lançaram 10 álbuns e se engajaram em dezenas de projetos artísticos das mais variadas plataformas, dentre os quais uma parceria com a artista visual francesa Sophie Calle e um programa de rádio em Londres, onde semanalmente apresentavam os novos sons vindos do Brasil.

Morro limpeza

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

por Jéssica de Oliveira

No dia 15 de setembro, as comunidades da Babilônia e do Chapéu Mangueira, no Leme, realizaram um mutirão para a retirada do lixo acumulado em diversos pontos dos morros. A ação foi organizada pelas associações de moradores das duas comunidades em parceria com a Prefeitura do Rio de Janeiro, o CDI, a Comlurb, o Corpo de Bombeiros, Polícia Cívil e Militar, agentes de saúde, a ONG Cisane de Nova Era e a Escola Tia Percília, localizada no Babilônia. Os moradores das comunidades que há um ano receberam a Unidade de Polícia Pacificadora, a UPP, também participaram do mutirão.

Os campeões da web

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

por Wanderson Duke

Quando provedores de hospedagem de páginas começaram a disponibilizar esse serviço para usuários da internet, surgiram os famigerados blogs. Logo, milhões de pessoas conectadas a esta rede começaram a usufruir como bem entenderam essa nova experimentação. Surgiram blogs em forma de diário, outros de crônicas, tirinhas de cartoons e por aí vai. Cada um fez o que bem entendeu com o seu. Mas, como tudo tende a evoluir, a “era blog” –mesmo bastante atual e amplamente usada – acabou produzindo uma vertente em que o método da fala é mais aprazível e de fácil assimilação: são os VLOGS.


Está bem, vamos levar em consideração que você passou o último ano de férias no Acre e não faz ideia do que estou falando. Tenha paciência. Eu explico. Enquanto no blog se tem a escrita como ferramenta de comunicação e transmissão do conteúdo, no vlog a coisa muda um pouco de figura, já que esta comunicação é feita por meio do vídeo. Ou seja, na essência, só muda a apropriação da ferramenta. Uma é a escrita; a outra, a fala.

Nesse ínterem surgiram canais no site YouTube , onde os vloggers postam de forma aleatória sobre temas diversos. Cada um com sua própria característica. Alguns assumem uma roupagem de personagem . Como no caso do ator Felipe Neto, que já ultrapassou os 10 milhões de exibições no YouTube. No seu canal “Não Faz Sentido”, com um pequeno estúdio montado em sua casa no Méier, Felipe aborda assuntos do cotidiano e cultura pop num tom de comédia. O que já se mostrou bastante eficiente.
Felipe Neto gravando para o seu canal "Não faz Sentido".
Na outra extremidade do navio, temos o paulista por naturalidade e colorista por profissão PC Siqueira – PC vem de Paulo César. A saudação com que inicia os vídeos fica enraizada na mente: “Oi, como vai você?”. PC grava os vídeos no seu quarto sem  usar nenhum aparato técnico, salvo sua câmera, obviamente. Em seu Canal “Mas poxa Vida”, PC relata situações adversas – na maioria das vezes faz um desabafo sobre as coisas que o irritam - em tom bem informal, dando a sensação de que se está mesmo tendo uma conversa. PC já ultrapassou 30 milhões de visualizações.

Toda essa fama no cyberespaço acabou vazando para o “mundo na real”. Tanto o carioca quanto o paulista conseguiram mais do que angariar “views” para seus respectivos canais.  Eles conseguiram trabalhos nos meios audiovisuais ou, no caso do ator Felipe Neto, conseguiu uma vaga na Agência de Atores DNA. Já o paulistano possui um quadro na MTV.
Lola - Buldog Francês do PC Siqueira.
Obviamente que, no início de tudo, nenhum deles tinha grandes ambições com seus canais. PC Siqueira já disse em inúmeras entrevistas que somente estava entediado e um pouco bravo por não ter conseguido assistir ao filme Avatar, de James Cameron, como desabafo em seu primeiro Update no site. Mas as oportunidades chegaram.

Siqueira e Neto se aproveitam de sua popularidade para anunciar produtos durante as filmagens - exatamente como em um programa de TV. PC já conseguiu até mesmo uma Buldog Francês, chamada Lola, que é o grande charme do seu canal. Em todos os vídeos em que dá o ar de sua graça, suas aparições são memoráveis.                                                                              
                                                                                                      
Ambos foram indicados ao prêmio Webstar da MTV, que terá premiação hoje, às 22h. Portanto, não deixe de assistir aos canais desses dois vloggers de grande talento e que mostram como ninguém como a internet pode ser usada a seu favor.

 
 
 
 
Direitos Reservados © Cultura NI