Abecedário da Supervia

sexta-feira, 27 de maio de 2011

por Fernando Fonseca, Hosana Souza, Josias Sabino, Thayara Cristine e Vinicius Freitas

A – Atraso, amigos, aconchego, amendoim. “Sempre três por um real”.

B – Bilhete único, Belford Roxo, barulho, balanço. “Não entendo como as pessoas dormem com esse sacolejo todo!”

C – Coca-Cola, camelô, cansaço, Central do Brasil. “Ainda bem que fico na Central, do contrário me perderia todos os dias. O que eu reponho de sono no trem, não está no mapa”.

Faz tudo sem rumo

quinta-feira, 26 de maio de 2011

por Yasmin Thayná


"Nací en el centro de la ciudad." Com seu linguajar sofisticado, roupas e uma cabeleira inconfundível, Bruno Felipe Duarte da Silva tem 23 anos, é morador do centro do Rio de Janeiro, estudante do último período de cinema na PUC e orientador de cultura digital da Agência de Redes para a Juventude, um dos projetos sociais mais badalados da atualidade.

Ele fez um longo caminho até se definir pelo cinema. A caminhada começou com a descoberta pelo teatro quando tinha apenas dez anos, quando os irmãos estavam optando pela informática. "Eu escolhi o teatro", lembra ele, que foi tão feliz no palco que chegou a pensar que seria ator.

Treino para a vida

por Hosana Souza

Na manhã do último sábado ensolarado, ainda cedo, preguiçosamente me arrumei para o trabalho. Meu destino era um evento do Programa do Governo Federal “Brasil Alfabetizado”. Logo ao entrar no pátio da Escola Municipal Monteiro Lobato, me vejo recepcionada pelo Mickey e por uma animada banda a tocar O Barquinho, de Roberto Menescal. Sorri. A banda formada pelas crianças da escola com seu uniforme azul era conduzida por um maestro caprichosamente vestido com um terno. Em alguns minutos, descobri que o alegre personagem da Disney era, na verdade, um morador do bairro da Posse. E que não enxergava nada com aquela cabeça gigante de espuma que lhe tranasformava. “É insuportavelmente quente”, resmungou Adriano França, o Mickey, enquanto distribuía maçãs do amor para crianças com o olhar encantado.

Para entrar no pátio da escola é necessário atravessar um corredor, branco e largo, com alguns degraus. Eu o fiz na companhia de Dona Ione Vital, de 69 anos. “Eles não podem fazer escada sem corrimão, fica muito mais dificil”, disse ela enquanto a auxiliava na subida dos cinco degraus. Ao finalmente entrar no pátio e subir o olhar, fui tomada por uma explosão de cores, movimentos, aromas, sons. Crianças, adultos, idosos. Filas, apresentações, brincadeiras, politicos. Dezenas de coisas acontecendo em um pequeno espaço de tempo e lugar.

Turma alfabetizada

por Marina Zuqui

Mesmo com toda a movimentação do Brasil Alfabetizado, o jovem Douglas Dias dos Santos, 15 anos não passou despercebido. Cursando o 2º ano do ensino médio no Colégio Estadual Califórnia, ele participa do grupo “Capoeira Alternativa”, projeto ministrado por Bruno Vasconcelos e Paula Gisele, ambos professores de capoeira no Riachão. Douglas Dias não é um garoto qualquer. Sua história começa bem cedo, quando seus pais se separam e ele vai morar com a avó, pois sua mãe não trabalhava e seu pai não o ajudava. Algum tempo depois sua mãe conseguiu juntar um dinheiro e arrumou sua casa, mas não quis ir morar com ela, pois já estava apegado à avó, e sua mãe já tinha um parceiro com o qual teria sua irmã.

Como se escreve a palavra amor

quarta-feira, 25 de maio de 2011

por Amanda Granja

Doralice Pinheiro Coimbra, mais conhecida como dona Dora, está entre os idosos que frequentam o Brasil Alfabetizado. Ela tem 78 anos e há 3 anos descobriu que este programa do Governo Federal é uma experiência pedagógica e, claro, divertida.

Ela só tem elogios para seus professores. "Els são ótimas pessoas, pacientes e estão sempre prontos para ensinar", diz ela, que também aprende na convivência com eles.

 
 
 
 
Direitos Reservados © Cultura NI