por Luz Anna
De portas abertas para a diversidade cultural, o festival recebeu no seu 4º dia de a presença marcante do produtor Rômulo Costa, secretário de Cultura de Belford Roxo.
Considerado o rei do funk, Rômulo Costa foi um dos homenageados na noite de premiações. A Furação 2000, que ele fundou há cerca de 30 anos, é um dos principais “aglutinadores sociais” do Rio de Janeiro.
A “Furação 2000” é uma equipe de som criada com a fusão de duas equipes de som: a “Guarani 2000”, de Gilberto Guarani, e a “Som 2000”, do próprio Rômulo Costa. Atualmente, ela produz coletâneas e shows do legitimo funck carioca por todo país, além de exibir diariamente um programa de uma hora na TV Bandeirantes. O programa da próxima quarta-feira conterá dez minutos de imagens sobre o III Iguacine.
Rômulo Costa abrirá todo esse espaço para o III Iguacine em seu programa porque acredita que o festival resgata a cultura da Baixada Fluminense. “Nós vemos a sociedade participando e isso não tem preço, massageia nosso ego.”
Rômulo Costa conta sobre o desejo de realizar um festival como o Iguacine em Belford Roxo, mas destaca as muitas dificuldades. “Belford Roxo está engatinhando, porque é uma cidade em que 60% da população não têm água, esgoto, saneamento, questões de saúde”, lamenta.
Segundo ele, um festival de cinema para uma população carente, que vive torcendo para não chover, seria algo complicado. Mas afirma que o que tem feito como secretário de Cultura de Belford Roxo é o dar voz à população para que ela valorize sua própria cultura. “A gente dá voz ao povo voz, para que eles digam a cultura que eles querem.”
Apesar das dificuldades, a cultura no seu município tem avançado, quebrando uma certa resistência através do trabalho desenvolvido pela sua secretaria, evidenciado no Fórum de Gestores da Baixada. “Eu acho que o caminho está por ai, para possibilidade da cultura da Baixada Fluminense.”
Um dos projetos prioritários da gestão de Rômulo Costa à frente da Secretaria de Cultura de Belford Roxo é o Cine-Teatro, cuja construção depende do PADEC, um plano de apoio ao desenvolvimento da cultura que vai distribuir cerca de R$ 2 milhões para a Baixada Fluminense.
A solenidade de homenagens começou com a exibição de um vídeo de um funk da década de 1980, depois da qual ele lamentou a ausência da grande imprensa em um evento cujo público o surpreendeu. “Eu vejo que a nossa grande imprensa está do outro lado do túnel”, protestou antes de confessar que, por ser um dia de decisão do campeonato carioca, encontraria no máximo 10 pessoas no teatro do Espaço Cultural Sylvio Pessoa. Além de estar lotado, o teatro estava vibrante.
A presença do secretário de cultura de Belford Roxo, Rômulo Costa é uma demonstração da parceria que se estabelece em favor da arte e da cultura da baixada fluminense.
1 Comentários:
Precisamos de mais romulos a favor de nossa cultura tão judida.
Postar um comentário