por Lucas Lima
Registrar, tornar pública a memória e reconhecer a profissão de crecheira. Esses são os objetivos principais de um grupo de mulheres do municipio de Nova Iguaçu, que trabalham em diferentes creches da cidade há pelo menos 20 anos. O primeiro passo nessa direção foi a reunião que promoveram na manhã da quinta-feira 19 de agosto, na Prefeitura Municipal. Essas histórias e lembranças serão narradas e publicadas em um blog sob a responsabilidade dos jovens repórteres da SEMCTUR.
Como o próprio movimento das crecheiras, a ideia de reuni-las surgiu de Deia da Cruz Moreira. "Contando as nossas experiências, nossas conquistas e nossos sofrimentos, podemos sensibilizar muito mais gente", contou essa senhora de 62 anos, que na virada da década de 1980 para 1990 tocou o maior terror na cidade para fazer com que as autoridades assumissem as creches criadas pelo movimento de moradores em seus respectivos bairros. A última façanha de Dona Deia, que deixou de ser crecheira por questões econômicas, procurou a prefeita Sheila Gama, que conhece desde a época em que ela era secretária de Promoção Social do seu marido, para apresentar a proposta. "Ela me recebeu com muito carinho e pediu para que procurasse o secretário de Cultura".
Uma das histórias que Dona Deia pretende registrar para as próximas gerações é a manhã em que duas crianças esfomeadas bateram em sua porta logo depois de voltar da lua-de-mel em Mangaratiba. "Coloquei as duas pra dentro, dei banho e comida", lembra ela. Na hora do almoço, as duas crianças voltaram acompanhadas de uma coleguinha e na janta já havia seis delas instaladas na sua copa. O marido só percebeu que a casa estava sendo frequentada diariamente por 30 crianças quando a comida comprada para um mês inteiro terminou na primeira semana. "Meu marido começou a reclamar, pois a comida do mês acabava em menos de uma semana".
Um blog para sensibilizar
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Marcadores: Bairro-Escola, Lucas Lima
Aliado de Nova Iguaçu
por Luciana Baroni
Houve um tempo em que Nova Iguaçu era a terra da laranja e se escrevia assim: Iguassu. Imensas plantações cobriam os latifúndios. Porém, as dificuldades surgidas com a 2ª Guerra Mundial e a crescente industrialização desestabilizaram a cultura da fruta na região. Os laranjais foram transformados em loteamentos, fazendo crescer o número de habitantes da cidade e consequentemente a demanda por transportes.
Foi aí que começou a história empresarial de Carlos Marques Rollo, um citricultor nascido em Austin que fundou a Evanil, uma das maiores empresas de ônibus do Brasil.
Marcadores: Baixada, Luciana Baroni
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