por yasmin thayná
mocotó com caviar
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um ano
por yasmin thayná
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Cidade do Joca
por Rodrigo Caetano
Como de costume, acordei cedo na manhã do dia 20 de junho e levantei para ir à faculdade. No trajeto Belford Roxo – Nilópolis, pego dois ônibus e, no primeiro deles, percebi que as ruas estavam mais vazias do que eu costumava ver. De repente o motorista fala para um dos passageiros: “Hoje tá mais vazio e sem estudante porque é o feriado do ‘Joca’”. Caiu a ficha: era o aniversário da morte do Joca!
Pra quem não sabe, Jorge Julio da Costa dos Santos, mais conhecido como Joca, foi o primeiro prefeito de Belford Roxo, que se emancipou de Nova Iguaçu. Estava tendo um mandato exemplar quando foi assassinado com 11 tiros em 1995.
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Sensibilidade do gatinho
por Leandro Oliveira de Aguiar
A adversidade começa com a árdua tarefa de conseguir o diagnóstico, pois a popularização da enfermidade é relativamente nova e não são todos os profissionais da saúde que compreendem o suficiente para dar um parecer final. Afinal, muitas vezes a palavra autismo pode ser usada jocosamente, generalizando muitos graus de algum empecilho intelectual.
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Frio na barriga
por Pedro Felipe Araújo
Querido diário
Dia 15 de junho de 2011
Hoje acordei cedo, mas demorei a levantar da cama. Fiquei deitado por um tempo me perguntando como o dia terminaria. Finalmente chegara o dia do protesto que faríamos contra as Lojas Americanas, no centro do Rio, mas mesmo sendo eu um fervoroso militante da EDUCAFRO, não pude deixar de sentir medo. Era o segundo protesto do qual eu participava, mas era minha a responsabilidade de liderar o manifesto.
Confesso a você, meu caro diário, que por vezes me revirei angustiado na cama, pensando nas possíveis repressões que o grupo que eu assumiria talvez pudesse sofrer e senti meu estômago revirar ao pensar que eu pudesse ser o responsável por qualquer coisa que lhes acontecesse.
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De centavo em centavo a galinha enche o papo
por Dine Estela
Uma conversa no ônibus que faz a linha Austin-Nova Iguaçu, Baixada Fluminense, me chamou atenção. O cara reclamava horrores de uma passageira avarenta que fazia questão do seu um centavo de troco. Comecei então a fazer umas continhas. Digamos que uma linha de ônibus transporte 300 passageiros por dia e cada um deixe um centavo de "caixinha". No final do dia, esse caixinha terá R$ 3, que no final da semana serão R$18 e e do mês R$ 72. Se este trocador ficar com R$ 1 de 10 pessoas, serão R$ 720 por mês. Como ele só tem que prestar contas das passagens pelo número de roletagens, essa "graninha" vai para o café, o salgadinho, algo que eles nem se dão conta, mas que faz uma relevante diferença no orçamento mensal considerando, que o salário de um trocador não passa dos R$ 700.
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Profissão camaleoa
por Dine Estela
Um dia desses acordei com Rapte-me camaleoa, música que Caetano Veloso dedicou para Regina Casé. Isso fez com que me olhasse no espelho e me identificasse com a expressão “camaleoa”, que seria uma variação de gênero para camaleão, uma espécie de lagarto que tem como habilidade trocar de cor. Neste dia, acordei com o cabelo daquele jeito. Parecia uma juba de leão! No dia anterior, sentia-me uma lady por conta de uma escova que havia feito para um evento de TV que tive de cobrir no último sábado, 11 de junho. Neste dia, estava vestida num terninho preto de linho, sapatos altos e fechados pretos e uma maquiagem totalmente clean.
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Secretário cabra da peste
por Raíze Souza
Secretário cabra da peste
Fazer um cordel é complicado
Tem que ter muita imaginação
Mas como é sobre o secretário de cultura
Vou arranjar inspiração
O secretário não é pepino, nem tomate
Anderson Batata é o nome do campeão.
Batata superou expectativas
Em sua primeira reunião
Que foi com os jovens de NI
Sentando com eles até no chão
Contando desse jeitinho,
Não merece admiração?
Os jovens estavam atentos
Pra saber como iria ser
O mandato do secretário
E o que ele tinha a oferecer
Mas aos poucos se desembaralhou
As mudanças que estão por acontecer
Apaixonado por tecnologia
O Batata animou
Os jovens que ali estavam
E com seus planos inovou
A nova forma de fazer política
Que o Batata copiou.
Mas como tudo que é bom
Merece ser copiado e melhorado
O secretário foi por essa linha
Que vai dar é resultado
Já pensou em falar com o secretário
Dentro da sua casa, no ar condicionado?
É pelas redes sociais que ele responderá no ato
Quebrar barreiras entre governante e a população
É o que ele havia pensado
E para a alegria da população
Que passarã por menos problemas
Na hora da comunicação
Juventude mais tecnologia
É a soma que o Anderson procura
Biblioteca com fichas virtuais
E wireless na casa de cultura
São alguns dos planos do Batata
Quero vê quem o segura
Mas como o Batata não é banana
E como todo cidadão deve fazer
Vamos nos reunir todo mês
Para a gestão poder acontecer
E os planos se realizarem
sem a gente precisa se benzer.
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Prazer, Cultura
por Joaquim Tavares
Olá a todos! Muito prazer, me chamo Cultura. Muitos me conhecem por vários de meus apelidos: esporte, música, dança, culinária, teatro, cinema... Aqui no Brasil tenho mais alguns desdobramentos e ainda sou conhecida como carnaval, futebol, capoeira, feijoada, samba, funk, e por aí vai.
O que muitos não sabem é que eu estou em todos os lugares e, na verdade, sou tudo. Tenho muito carinho por todos que me fazem e, ao mesmo tempo, são feitos por mim. Estou presente tanto nos lugares de mais requinte quanto nas ruas por onde pés descalços caminham. Não faço fronteira alguma, ando daqui pra lá e de lá pra cá. Não tenho preconceitos. Sou todos esses ao mesmo tempo.
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Noite dos solteiros
por Dandara Guerra
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Batata digital
por Jéssica de Oliveira
Hoje em dia a gente encontra Deus e o mundo nas redes sociais, principalmente no tão famoso e usado Facebook. Dessa forma não é de se estranhar que o encontro físico seja deixado pra depois, substituído pelo encontro virtual. E foi assim que conheci o Anderson Ávila Batata, novo secretário de Cultura e Turismo de Nova Iguaçu.
Sabendo de sua nomeação, eu o reconheci nas atualizações de alguns amigos. “Fulanos de tal adicionaram Anderson Batata”. Fiz o mesmo e após ter recebido sua aceitação, nosso contato começou timidamente.
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Um Novo Começo
por Marcelle Abreu
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De volta para o futuro
por Dine Estela
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Abecedário on-line
por Hosana Souza
Atraso. Pela primeira vez em dois anos de projeto essa palavra não fará referência a mim. Não cheguei pontualmente às duas da tarde, confesso. Mas estava lá antes do novo secretario da SEMCTUR, que se atrasou, pois estava se despedindo de seu ex-cargo: chefe de gabinete da SEMASPV.
Batata. É o nome, apelido, referência de Anderson. Um homem de 31 anos, baixinho e quase calvo. Que chegou de terno grafite e blusa azul-claro, na mão um tablet.
Curiosidade. E até um tanto de amedrontamento. Em uma grande roda, os jovens repórteres se espalhavam pelo piso de madeira do Espaço Cultural Sylvio Monteiro. Na cabeça milhões de perguntas, no coração a grande dúvida sobre o futuro do projeto.
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Secretário multimídia
por Juliana Portella
Terça-feira. 15 de junho. Tornou-se oficial. Nova Iguaçu tem um novo Secretário de Cultura e Turismo. A primeira ação de Anderson Ávila, mais conhecido como Batata, foi reunir-se com o Grupo de Jovens repórteres do blog Culturani. "Vamos colocar em prática políticas públicas que trabalhem Cultura e Comunicação através da ótica da Juventude", disse Anderson Batata.
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Batata doce
por @Joyce_Pessanha
15h. Momentos de tensão no Sylvio Monteiro.
15:02h “Será que o projeto vai acabar?” Ninguém falou, mas aposto que estão todos pensando.
15:25h Tem um cara serelepe de vermelho que não cala a boca falando sobre alguma coisa que a minha mente (perturbada) não consegue se fixar.
15:30h Descobri que o nome do cara de vermelho é Rômulo Salles. Antes de se tornar adjunto do Batata, ele foi um estagiário da Cultura como eu.
15:45h Novo secretário Anderson Batata chegou. O que será que ele vai dizer?
15:47h O que se pode esperar de alguém com nome de “Batata”? Sei não, hein...
15:50h Julio disse que o projeto tomou a forma a partir do conceito de Faustini, ex-secretário de Cultura, de que tudo é cultura.
16h. Sabia que as calouras da Rural pagarem peitinho na faculdade é cultura? Pelo menos o Julio definiu reportagens do projeto assim.
16:15h Eu sou tão cultura que posso até xingar que todo mundo vai achar lindo(!!!)
16:24h “Quem não quer dialogar não tenha rede social. Todos vão falar diretamente comigo sem precisar marcar em agenda” – Batata.
16:25h Batata, estou gostando de você!
16:25h “Quero criar um conselho de juventude para que vocês tenham voz no governo.”
16:26h Te dou um conselho, Batatinha, use jeans e tênis!
16:26h Sabia que você pode falar com o secretário de cultura pelo Facebook? Os tempos mudaram, minha gente!
16:26h e ele Tb tem tutu, segue aí: @andersonbatata.
16:27h Tá rolando uma história de Gabinete Digital. Nunca vi, nem comi, eu só ouço falar.
16:30h Gente, tava com tanto medo da reunião à toa. Estou até feliz com a história de políticas de juventude.
16:55h Olhando a cara dos meus colegas, tenho a sensação de que vamos mudar o mundo!
17h Está na hora de pegar o Seropédica pra ir pra UFRRJ, mas quer saber?! Tive aqui a aula mais inspiradora da minha vida!
17:04h Batatinha quando nasce se esparrama pelo chão, a reunião com o Batata encheu meu coração!
20h Gente, primeira vez na vida que eu acredito em política: o @andersonbatata está online no Face!
20:30h “Estava receoso com a reação dos jovens a mim”. A gente com medo dele e ele da gente. Que bonitinho!
20:34h Fiquei com medo. Fiquei aliviada. Fiquei feliz. Fritei babatas e vou mudar o mundo!
22h Mas, antes, eu vou dormir!
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Adeus ao Cristo Negro
por Combatentte Xavier
Ele aos noventa e sete anos se despede da matéria,
E na eternidade vai fazendo a sua estreia.
A ousadia em suas obras influencia pensamentos,
Punho Serrado em saudação a Abdias Nascimento!
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Presente que fica
por Joaquim Tavares
O Dia de São Valentim fez uma visita ao Brasil e resolveu ficar para sempre. Porém, mudou um pouco o seu visual, trocou de nome e de data. Nada mais justo para a adaptação! Antes comemorado no dia 14 de Fevereiro pela “gringaria”, agora, respondendo pelo nome de Dia dos Namorados, é celebrado no Brasil no dia 12 de Junho. A data antecede o Dia de Santo Antônio, o santo casamenteiro. O amor fica em evidência como tema de lojas e propagandas. O comércio também ama esse período.
É fácil ver a relação do Dia dos Namorados com o comércio. Sua própria vinda para o país tinha essa finalidade. No entanto, a intenção aqui não é debater o real sentido do Dia dos Namorados, o que é o verdadeiro amor ou nada assim. O olhar se volta para uma única coisa: os presentes.
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Quebra galho
por Vinicius Vieira
"Só uso All Star", conta o jovem Daniel Ribeiro. É comum andar nas ruas e perceber que muitos também usam. O modelo "Converse - All Star" foi criado por Marquis M. Converse e aprimorado logo depois por Charles "Chuck" Taylor. Foi lançado originalmente em 1917.
Era um tênis esportivo, usado pelos jogadores pofissionais de basquete da época. Mas ele não demorou a sair dos pés do jogadores para ocupar um espaço no cotidiano das pessoas. O tênis é uma febre no mundo todo, e é o mais vendido até hoje.
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Quem é quem
por Warllen Ferreira
A polivalente Cristiane de Oliveira, 31 anos, já foi técnica em enfermagem, secretária e promotora de vendas antes de descobrir que a cultura é a identidade de um povo na ong Enraizados, onde foi coordenadora do projovem adolescente até chutar o balde para se tornar produtora artística de Petter MC e Diamante MC, respectivamente marido e filho. "Acabei de trancar a faculdade de pedagogia para cuidar da carreira dos dois", conta. Para ela, a educação sozinha não lhe dá os instrumentos de que precisa para intervir na realidade.
Um dos projetos que Cristiane de Oliveira tem em mãos para participar da revolução em curso no país é o “MixCultural", com o qual pretende fazer uma poderosa mistura de cultura e educação. "A cultura é quem determina quem é quem, e revela sua verdadeira imagem", afirma ela, que, apesar da decepção com a pedagogia, está se preparando com afinco para o próximo Exame Nacional do Ensino Médio, o famoso ENEM.
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Medo de arriscar
por Marcelle Abreu
Pessoas são distintas uma das outras, mas há algo que a aproximam e essa diferença é deixada de lado pela paixão que surge entre eles.
Eis que aparece aquele momento, cujas diferenças gritam e lá vêm as famosas brigas de casais. Essas podem ser passageiras ou se transformar numa crise que deixa os corações apaixonados destroçados.
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Onde cair morto
por Raize Souza
Na vida temos muitas dúvidas, mas uma coisa é certa: um dia vamos morrer.E é pensando nesse dia que as pessoas físicas estão investindo cada vez mais em auxilio funerário.Seja para não encontrar dificuldade na hora de enterrar seu corpo ou para deixar um dinheirinho para a família depois de sua partida.
Um exemplo de pessoa que fez o auxilio funerário pensando na família é Abílio P. Filho, 60 anos. “Como a morte é certa, é melhor ajudar a minha família. Depois que eu morrer minha esposa recebe e como fiz depois um para ela, se ela morrer, eu que recebo. Não fiz me agourando, fiz pensando na minha esposa.” Ele paga o seguro há cerca de 38 anos, depois de ser abordado por um sorrateiro vendedor de seguros, que numa só tacada fez negócios com ele e seus colegas de trabalho. O confisco "do dinheiro do povo" durante o famigerado governo Collor é uma das razões para que privilegie o “seguro de morte” em detrimento de uma possível poupança. “Vai que de repente fazem uma lei de novo e pegam? Por isso muita gente não coloca e prefere gastar”. Mesmo assim ele brinca: “Se eu pudesse receber esse dinheiro era um bom negócio. Minha mulher vai receber e gastar com outro cara e não comigo.”
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Boa vontade com tudo
por Hosana Souza
Quem vê Marcele Moreira Azevedo correndo atrasada pela rua não imagina a ligação que a jovem estudante de 20 anos tem com a educação em Nova Iguaçu. “É uma missão muito grande ser tema de uma matéria do CulturaNI”, diz com um sorriso tímido a menina dos longos cabelos castanhos. Marcele é mais conhecida pelos amigos como Moraze, que é a união de Moreira e Azevedo. Mora em Morro Agudo “desde sempre” e é filha do eletricista/pedreiro/encanador Francisco de Assis com a Dona de Casa Edi Moreira.
Como caçula de três irmãs teve suas regalias, o menor é sempre mais paparicado, porém foi também a exceção da casa estudando sempre em escola pública. “Minha irmã mais velha estudou na particular até a oitava, a do meio até a quarta, eu só escola pública se tivesse a quarta nem estudaria”, brinca. O ensino fundamental foi cursado na Escola Estadual João Much, próximo à badalada praça do skate em Nova Iguaçu. “Tenho muitas lembranças boas de lá e muitos amigos com quem falo até hoje. Tive sorte de estudar em escolas públicas boas aqui na cidade”, diz.
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Lembrancinha de pés pequenos
por Wanderson Duque
Quando conheci Hosana, meu primo Ramon já havia entrado no ônibus com um embrulho no bolso esquerdo do short camurça, que seria o motivo pelo qual ele levaria uma facada no braço por se recusar a entregá-lo a um assaltante, e eu era banhado pela garoa finíssima e a noite assustadora que abraçava Comendador Soares com o ímpeto de Saladino.
Ramon me deixou no ponto de ônibus desprovido de qualquer cobertura, enquanto eu pensava na possibilidade de ter tomado, junto com ele, aquela condução. O frio castigou o corpo até o momento que Jéssica e Giuseppe me presentearam com a sensação anestésica que foi contemplar o sorriso de Hosana, que se abriu gentilmente a mim como um botão de rosa. Uma menina tão branca quanto o leite em pó que eu misturava ao achocolatado Nescau nas manhãs cheias de dúvidas sobre minha decisão de fugir da casa de meus pais e ir morar com minha tia Lúcia. O rosto cheio de pintinhas lhe atribuía uma beleza a mais.
Seu nome ecoou na minha cabeça durante toda a noite. No dia seguinte, meu arquivo mental se abriu como um leque, e pude-me ver correndo no pátio de cimento batido e empoeirado da escola onde cursava o Jardim da Infância, gritando seu nome por causa de alguma brincadeira desses tempos pueris. Foi a primeira de muitas noites que passei acordado com o pensamento fixo na lembrança da beleza de seu carisma incontido e de seus pés pequenos.
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Bullying virtual
por Dine Estela
O que fazer quando seu filho de 9 anos mexe no seu Iphone com mais intimidade que você e já domina ferramentas como Orkut, Facebook e MSN sem deixar de ver e ouvir a TV e o MP3, mas ainda não tem malícia para se defender de ataques na internet. Estamos falando da “Geração Z”, que sucede a Y. Segundo estudos, as pessoas que nasceram a partir de 1995 têm essa agilidade para lidar com as novas tecnologias porque chegaram na era da World Wide Web (www). Como a grande característica dessa geração é zapear, para eles não importa as informações que estejam sendo passadas ao mesmo tempo porque só vão dar a devida importância ao que lhe interessar.
Diante desta realidade, a grande preocupação dos pais é com a segurança destes aventureiros que não medem esforços para conhecer novos horizontes e pessoas via internet, tornando-se vítimas frequentes de bullying e outras ameaças. Neste momento, é importante dialogar com os filhos para que não adicionem e conversem com pessoas estranhas, não passem informações pessoais pela rede e muito menos abram a webcan. No entanto, chegam diariamente à Delegacia de Crimes na Internet relatos de bullying e crimes de aliciamento de menores, restando a opção de controle dos pais oferecidos por vários softwares como o Norton Online Family e o AVG Link Scanner. Alguns provedores como a UOL também oferecem estas opções.
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Terror nas escolas
por Dine Estela
Estudar sempre foi uma atividade difícil no Brasil e tem se tornado cada vez mais perigosa para os moradores de algumas localidades. Como já não bastasse a falta de condições que perpetua a prática do “cuspe e giz”, ainda tem a questão da violência dentro e fora da escola. A lista é grande e vai da bala perdida em algumas comunidades ao psicopata sexual que cerca os alunos no caminho.
Há pelo menos dois meses os moradores de Nova Iguaçu, Baixada Fluminense, estão perdendo a paz com os ataques constantes de um tarado que já atacou vários alunos nos horários de entrada e saída da escola. Há duas semanas, uma menina de 17 anos foi atacada ao descer do ônibus ao voltar da escola, por volta das 13h. Na semana passada outra menina de 12 anos chegou a ser perseguida no Parque Jupiara.
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Deixa pra lá
Na fria tarde desse sábado, 4 de junho, a Superintendência de Igualdade Racial do Governo do Estado do Rio de Janeiro realizou um seminário no tradicional Colégio Leopoldo, em Nova Iguaçu, cujo objetivo era promover uma discussão sobre o extermínio da juventude negra no estado fluminense.
O superintendente Marcelo Dias cita números que apontam o grande índice desse massacre da juventude, em especial, a negra: “O Rio é o quinto estado do país com mais mortes de jovens de 15 a 29 anos, atrás somente de Espírito Santo, Pernambuco, Alagoas e Distrito Federal. Essa vitimização da nossa juventude negra é muito grande”.
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Rei por dois meses
por Josy Antunes
Os vendedores de tapioca competem com os carrinhos de amendoín torrado, batata frita e churros. Alguns "tapioqueiros" fazem pequenas mutações em seus carrinhos, de forma a dividir espaço com outro tipo de alimento. É comum ver carrinhos de tapioca/churros, por exemplo. Com o cair da tarde, todos os ambulantes competem ainda com a cerveja com karaokê dos botecos. O desafio da massa de trabalhadores que ruma para a Central é chegar ao seu destino sem ser vencida pelas doces e salgadas tentações.
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Lições do quintal
por Leandro Oliveira de Aguiar
O que vem à cabeça quando pensamos na tradicionalíssima cena de um professor à frente de um quadro-negro divagando durante horas? Se para os mais velhos essa memória ainda causa bocejos, para toda uma geração de jovens não significa mais nada do que um sistema arcaico. Difícil não encontrar um jovem que não reclame e acabe tendo que engolir a seco a fórmula “cuspe e giz” nas salas de aula. Mas se tal prática já é tida como obsoleta pela maioria dos pedagogos, a triste realidade pelo país é que a metodologia continua sendo a mais utilizada.
Se para muitos conseguir revolucionar a educação é apenas um sonho de alguns aventureiros, para tantos outros basta um pouco de vontade e coragem para obter resultados. Ainda mais quando se enxerga o problema não como uma simples questão de didática e sim como uma tática de guerra para vencer a apatia e a fábrica de notas baixas em alguns colégios.
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Milhares de vozes
por Joyce Pessanha
“Vale tudo!” É assim que a jovem repórter Jéssica de Oliveira abre seu blog - ou seria nosso blog? - “Conte-me um conto”. Uma ideia na cabeça, um provedor acessível e uma jovem jornalista são ingredientes perfeitos para um sucesso virtual. A ideia é ter diversidade de temas e grafias e também muitos acessos, já que há uma identificação imediata com o leitor. Afinal, ele se vê no blog, pode moldar, falar, e até reclamar, o que quiser.
“A ideia do blog surgiu quando eu lia um texto acadêmico, tive um estalo e pensei que seria muito legal existir um lugar onde muitas pessoas poderiam falar sobre o que quisessem”, conta a dona do blog, que divulgou a ideia em redes sociais e recebeu muitos contos em resposta. “Teve até um texto de São Paulo, de uma menina que eu nem conheço.”
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Caldeirão de adrenalina
por Juliana Portella
A maior competição de MMA do estado do Rio de Janeiro e única da Baixada Fluminense, O Gringo Super Fight, teve a sua terceira edição no último domingo (29/05), na Rio Sampa. O público de quase quatro mil pessoas, que esgotaram as entradas, assistiram a nove lutas no octógono instalado com muitas luzes e efeitos especiais, vibrando a cada nocaute.
O que há cinco anos era apenas um projeto social para tirar crianças e adolescentes das drogas, na periferia de Belford Roxo, ganhou glamour e visibilidade na área do esporte e tem sido uma caldeira de talentos. Dois amigos amantes de esporte, Antonio Tolentino e o também lutador Washington Luís dos Santos Júnior, o Washingtai, enfrentaram as barreiras no caminho rumo ao reconhecimento desse tipo esporte na Baixada e hoje comemoram o sucesso do evento. “Nas dificuldades e barreiras que aparecerão e ainda aparecem, a gente nocauteia”, afirma Antonio Tolentino, produtor do evento.
Como toda luta tem seus vencedores, com o Gringo não podia ser diferente: os campeões de K-1, Washingthai, e de MMA, Márcio Pedra, atropelaram os adversários e defenderam seus cinturões. Pedro Silveira ficou com o Cinturão Gringo International Fight ao vencer por unanimidade o peruano David Ibérico. Washingthai venceu no primeiro round por nocaute Rafael Beiço. A luta durou apenas 2 minutos e 49 segundos. “Desafio quem quer que seja. Venham lutar comigo. O cinturão é meu”, disse Washingthai, 29 anos, que também acumula os títulos de campeão sul-americano e campeão pan-americano de K-1.
Já Márcio Pedra definiu a luta aos 2 minutos e 36 segundos do segundo round. Ele ganhou por finalização do lutador Pedro Brum. “Agradeço a minha família e a todos que me ajudam e incentivam a treinar e lutar. Ser lutador não é fácil”, afirmou Pedra, que tem 10 lutas e 10 vitórias. “Luto pelo meu país. Só com muito esforço e dedicação que a gente consegue vencer”, agradeceu Pedro Silveira, 31 anos, detentor do cinturão internacional.
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Celebridades de mentirinha
por Lucas Xavier
Em 2006, surgiram no Orkut os primeiros perfis fakes (Palavra vinda do inglês ‘falso’). As pessoas por detrás dos perfis afirmavam ser astros da música ou da televisão. Naquela época, até Daniel Radcliffe (ator que representa Harry Potter no cinema) tinha Orkut e falava português! Na descrição de seu profile, ele afirmava: “Estou aprendendo a falar português e quero tentar melhorá-lo com vocês!” Apesar de explicitamente falso, alguns acreditavam. Infelizmente, esse perfil foi excluído há alguns anos. O fake de Daniel Radcliffe foi apenas um dos muitos que faziam se passar por celebridades. Foi o início de uma tendência, que viraria febre.
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Mil e uma Causas
por Fernando Fonseca
Década de 1980. Pessoas, ações e experiências a partir de diversas militâncias político-sociais definiam o modo de se pensar os direitos humanos. Reflexões e discussões à proteção dos direitos econômicos, sociais, culturais e ambientais abalavam as estruturas de todo um sistema, com a ajuda da mídia, instrumentos jurídicos, dentre outros, provocando um som alto demais para ser calado. Grupos se formavam com o princípio comum de partilhar de seus direitos básicos como seres humanos.
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