por Josy Antunes

Como de costume, Faustini trouxe à tona o realizador, capaz de dialogar como conhecedor das questões culminantes, que teimam em permanecer contra os agentes culturais. Ele relembrou sua entrada na secretaria quando, ao solicitar uma reunião com artistas da cidade, foi alertado para que tivesse cuidado. “Eu quero discutir olho no olho. Sou artista, não tenho medo de discutir com artista”, exclamou, fazendo uso da frase dita na ocasião.
Alegando que os colegas já haviam dito tudo aquilo que era prioritário, Faustini se dispôs a fazer novas provocações, saindo do discurso formal. “Eu tinha planejado fazer dela a minha despedida do governo”, confessou, assustando o público que superlotou o teatro do Espaço Cultural Sylvio Monteiro na abertura da Conferência Municipal de Culura. “Mas a gente ainda não terminou tudo que a gente se comprometeu a fazer”. Dentre os processos inacabados, Faustini citou a conclusão da institucionalização dos editais e a territorialização do orçamento de cultura, que fará com que os bairros longe do Centro também sejam beneficiados.
“A gente tem hoje a juventude dentro da secretaria, tem gente sendo apoiada em vários cantos da cidade, onde a politica cultural não chegava”, comemorou o secretário, reforçando: “Eu acho que os artistas mais antigos têm que fazer essa reflexão, porque já estavam aqui e não deram conta disso”. E para ilustrar suas afirmações, Faustini propôs que aqueles que o ouviam olhassem a sua volta, observando cada pessoa. “Olha a cara de cada um que tá aqui”, induziu ele. “Essa é a cara de Nova Iguaçu. Essa é a cara da cultura hoje no país!”

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