por Wanderson Duke e Tony Prado
Com simplicidade e muita expressão, Tinho, personagem do curta “O Carreto”, trouxe aos olhos dos espectadores um lado profundo da inocência. O curta mostra o dia a dia de um jovem carreteiro, singular em sua rotina até encontrar os olhos de Stephanie, uma menina de sorriso doce e brincalhona. Enquanto Tinho auxiliava a mãe de Stephanie nos trabalhos locais, percebe que a menina tem uma deficiência física que dificulta sua locomoção. Quebrando os tabus sociais, “O Carreto” mostra, na humildade de uma comunidade, um misto de alegria, felicidade, carinho e solidariedade.
A falta de diálogos faz com que a expressividade dos personagens seja muito mais impactante e importantes a cada cena. Uma troca de olhar; um gesto; o sorriso ou desenho feito à mão, dado de presente, trazem um significado muito mais intenso que qualquer palavra que pudesse ser dita pelas duas crianças. Um pequeno gesto inocente impusiona uma vontade íntima de ajudar o próximo, com a recompensa mútua do início de uma linda amizade.
Sob a direção de Marília Hughes e Cláudio Marques, “O Carreto” traz o ponto de vista de que a satisfação pode ser encontrada em meio a ações simples e despretensiosas mas nem por isso menos recompensadoras.
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