Numa boa

sábado, 17 de abril de 2010

por Lívia Pereira

Crítica Cheirosa
 

O curta Cheirosa, de Carlos Segundo, foi exibido neste dia 17 de abril de 2010, na Mostra Competitiva do Iguacine. "Era pra ser uma experiência com um adaptador de lentes barato comprado em BH", conta o diretor, que hoje vê sua produção emplacar seu sétimo festival de cinema.

A história mostra a personagem, vivida por Valéria Gianechini, em uma perspectiva de uma mulher que não se deixa aborrecer nem por cantada barata no trânsito. Pelo contrário, a personagem dirige sua Brasília, troca seu pneu e leva numa boa a investida do motoqueiro que encontra pela rua. Mostra-se uma mulher moderna, que vive em meio a seus retoques de maquiagem em pleno trânsito da cidade, que encara a vida, em meio à fumaça, da maneira mais cheirosa possível.

O filme foi feito com poucos recursos. "É isso que o cinema faz através das ideias simples", ele comenta, referindo-se ao muito que pode ser feito diante do tempo "que nem sempre é hábil", à falta de recursos e à habilidade em transformar ideias em algo palpável, que se possa apresentar a um público e ver refletidas nele diversas interpretações de uma ideia inicial  que se mostrou hoje através do III Iguacine.

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