Sensibilidade e atenção

sábado, 17 de abril de 2010

por Larissa Leotério

Crítica A infância de Margot

Provavelmente um dos mais belos filmes exibidos na segunda sessão da Mostra Competitiva Nacional do Iguacine 2010 foi "A Infância de Margot", de Bruno de Oliveira. E mesmo assim, talvez por não ter sido compreendido pelo público, não foi aplaudido. As pessoas não souberam se o filme tinha terminado, ficaram esperando os créditos e se iniciou outro curta.


"A infância de Margot" mostra a personagem principal, interpretada por Débora Vecchi, já adulta num velho parque de diversões com um pirulito e muitas lembranças. Além da carga emocional, o filme tem a belíssima trilha sonora, classificada como Melhor Trilha Sonora da Mostra Juliete, Curitiba, 2009.

Não há nada nem ninguém além de Margot. Apenas ela e seu pirulito, com sabor de nostalgia. Todos os brinquedos estão desligados. Mesmo assim, ela embarca na diversão, canta, e se recorda. Já cansada, ela fuma seu cigarro e a única certeza que fica é que todos nós estamos morrendo.

Não tem créditos, já que os poucos são mostrados no início da produção. E toda a mensagem foi passada. E o público não percebeu. Nem o simples, e nem a sensibilidade.

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