Diálogo cultural

sábado, 24 de outubro de 2009

por Hosana Souza / Fotos: Josy Antunes


Apesar do grande atraso nessa quinta-feira, o deputado Alessandro Molon marcou presença na III Conferência Municipal de Cultura. Mesmo preso em dois engarrafamentos a caminho do Espaço Cultural Sylvio Monteiro e com sua agenda sempre lotada, ele fez questão de aceitar o convite de Ana Lúcia Pardo, representante do MINC no estado.

“Eu tenho participado o máximo que posso, ido em todas as conferências que são possíveis”, diz Molon, que acredita que a Baixada não pode mais ser vista como cidade dormitório. Para o deputado inicialmente é necessário o diálogo entre as ações culturais, a sociedade civil e o poder público. “Se a sociedade civil se mobiliza, suas conquistas serão valorizadas, e elas serão temidas pelo poder público”. Molon acredita que todas as cidades devem ser convocadas para discutir as verbas da cultura.

“Correndo o estado e observando os municípios, eu percebo que as propostas não devem ser dadas por nós, poder público. Elas já nascem nos municípios, daqueles que fazem a cultura acontecer nesses locais por quem conhece a realidade”. O deputado acalorou os debates e não parou em momento algum de enfatizar a importância da participação da população. Segundo o político, é justamente pela importância desses processos que se construirá um sistema nacional de cultura, e esse sistema deve ser criado de baixo para cima, isto é, da sociedade civil para os governos.

“Temos que conversar com as pessoas que sabem o que falta da parte do poder público, o que devemos fazer. Queremos observar o que a sociedade local está fazendo, e o que vai oferecer para a população e para o estado em termos de produção cultural”. A partir do intercâmbio entre população e poder público será possível construir políticas públicas eficazes e duradouras.


Alessandro Molon também analisou os projetos desenvolvidos pela SEMCTUR: “Os projetos da secretária de Nova Iguaçu, como a Escola Livre de Cinema, como o Jovem Repórter tem um caráter extremamente importante. Eu os observo como grandes programas que estimulam a descoberta de novos talentos. Iniciativas assim mostram que, com os jovens, nós podemos mudar nossa realidade, transformar o Brasil, basta apostar”.

Molon fez questão de salientar a participação de Marcus Vinicius Faustini, nosso secretário de Cultura, nas iniciativas e nas experimentações. “Eu gosto de falar, também, da importante participação do Faustini em toda essa história, na articulação dessa transformação da cultura. É uma pessoa brilhante, que tem colaborado muito com a Comissão de Cultura e que é reconhecido por seu trabalho no município e pelos elos que constrói com todos os segmentos”.

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