por Edson Borges Vicente
Atual subsecretário de Cultura e presidente do conselho desde sua reorganização, em 2005, o poeta conselheiro busca levar a voz da democracia e resgatar a identidade da cultura popular. Jorge Cardozo diz estar totalmente afinado com a proposta de inclusão e participação do Ministério da Cultura – MinC. "Essa é uma proposta que entende que a cultura na verdade é de todo povo brasileiro”, afirma. Segundo ele, a proposta do MinC é a mesma da secretaria municipal.
Para o conselheiro, as mudanças na lei de incentivo à cultura – a Lei Rouanet - são muito importantes. E vão se tornar ainda melhores com a aprovação da chamada Pec 150, proposta de emenda constituicional por intermédio da qual 2% do orçamento federal serão alocados para a cultura. "Precisamos fortalecer o Fundo Nacional de Cultura e espalhar a presença do governo na esfera da cultura nos diferentes recantos do país, acabando com essa diferenciação tão forte que existia e ainda existe entre centro e periferia, entre cidade e bairro , entre zona urbana e rural ricos e pobres”.
As pré-conferências municipais de cultura, de acordo com Jorge, foram feitas no sentido de produzir o “espalhamento” da presença governamental e fazer a interligação cultural da cidade. “É uma tentativa de atingir a cidade toda, dentro da proposta que é o slogan da nossa conferência que ‘todo mundo é cultura’. Na prática, elas criaram a possibilidade de discutir com os agentes reais dos bairros, com as pessoas concretas que vivem nesses lugares, o que eles querem. "Hoje sabemos o que realmente precisa ser feito na área de cultura pra poder melhorar, ampliar, superar as dificuldades e caminhar juntos na constituição de uma perspectiva de uma vida melhor”.
Já a Conferência Municipal de Cultura, iniciada na manhã de ontem no Espaço Cultural Sylvio Monteiro, é a convergência de tudo o que foi discutido nas sete pré-conferências realizadas nos bairros de Nova Iguaçu. As propostas das pré-conferências são levadas a uma plenária e, se aprovadas, reunidas na forma de diretrizes de orientação do Plano Municipal de Cultura, a ser formulado posteriormente. “O plano tem uma forma complexa", admite o poeta. "Precisa virar lei, ser submetido à Câmara de Vereadores".
Nada disso tira a calma do poeta, que milita na causa da cultural desde o início da década de 1980. "Temos que criar um Plano Municipal de Cultura que possa ser o orientador das ações culturais para os próximos dez anos“, finaliza.
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