por Edson Borges Vicente e Fernanda Bastos
Nádia Luiza Filgueiras Ponciano, 26 anos, é professora do primeiro segmento do ensino fundamental há oito anos na escola. Estudante de matemática da Universidade Federal Rural de Nova Iguaçu, ela é a coordenadora de aprendizagem e tem a responsabilidade de organizar as ações da equipe de mediadores da escola. Convidada pelos mediadores ela veio à conferência para aprender. “Tenho muito contato com a SEMED. Vim para ficar por dentro do que está se discutindo na cultura. Isso é importante para potencializar meu trabalho com os mediadores” ressalta ela.
Dos cinco mediadores que acompanham a coordenadora, três são estudantes de Letras: Alessandra Aparecida Souza de Paula, 26 anos, trabalha com oficina de jornal há seis meses com crianças de 7 a 12 anos. Carlos Vinicius Moreira Assis, 21 anos, faz o mesmo e ainda desenvolve oficinas de técnicas de redação no ‘Escola Aberta’ da mesma escola. Já Carmem Inês Bispo, 32 anos, ajuda as crianças na árdua aprendizagem matemática.
Um casal muito interessante finaliza a composição do grupo de agentes culturais. Trata-se de Elisângela Melo, conhecida pelos jovens do Projovem como ‘ Fofão’, desde que trabalhou no projeto Minha Rua Tem História no ano passado no Abílio. “Fofão”, juntamente com seu esposo Odil Fonseca Barreto, trabalha com oficinas de banda. Odil ainda dá aulas no Brasil Alfabetizado e é parceiro do Bairro Escola. Os dois fazem parte do Pontinho de Cultura “Cultura Viva nas Comunidades”, que assistirá 280 alunos do 6ª ao 9ºano na Escola Municipal Profº Leonardo Carielo de Almeida, em Lagoinha.
Para Alessandra, conhecer as propostas também é importante e algo que a conferência proporciona. “Entramos em contato com pessoas com experiência na área da cultura”, afirma.
Odil apresenta a proposta do grupo que trata da escolha dos mediadores, dando oportunidades aos moradores dos bairros. Assim como ocorreu no concurso para agentes de saúde, onde os candidatos deveriam residir na área pretendida, os mediadores devem ser escolhidos na localidade. “Cada local deve ser trabalhado pelos próprios moradores. Assim, além de gerar oportunidades para todos, não teremos problemas com questões de segurança. Pois, uma vez sendo moradores do bairro fica mais fácil para os mediadores atuarem. Não tem esse negocio de ‘aqui não pode entrar por que é perigoso’. Desse modo haveria produção cultural em todas comunidades. Essa é a voz de Cabuçu” explica.
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