por Fernando Fonseca / Vídeo: Josy Antunes
Crítica Rendez-vous
Natal, um pássaro enjaulado e muitos cigarros: assim é o cotidiano de um Papai Noel solitário, personagem principal do curta metragem 'Rendez-vous'. Seguindo uma vida rotineira, repleta de solidão e álcool, o Papai Noel vê sua vida mudar em uma tarde nada convencional, na qual recebe uma visita de sua amiga e vizinha.
Embalado pelos sons e símbolos natalinos que mantêm viva a memória de sua esposa, há anos falecida, e aproveitando de mais uma tarde na companhia de seu animal de estimação, o velho personagem de cabelos grisalhos recebe a visita de uma amiga, que, após anos, resolve ir visitá-lo com um prato de rabanadas. À primeira vista, uma simples visita a um senhor esquecido por muitos e há muito. Ou, se olhada de outro ângulo, a oportunidade perfeita de renovação.
A história se desenha a partir do momento em que a amiga do 'bom velhinho' repara nos enfeites inacabados de uma árvore de natal e o aconselha a terminar a ornamentação. Eis que se faz presente a grande escolha de sua vida: a perda de sua principal ligação com seu passado. Uma mudança assustadora e, ao mesmo tempo, mágica.
O resultado? Evolução! A mudança. O milagre. O presente de natal que resgata uma vida das sombras do passado. Um filme que, em dezessete minutos, reinventa um homem e recria o simples e belo ato de ser humano.
Para Fernanda Teixeira, diretora e roteirista do curta-metragem, o resultado dessa experimentação se deu graças ao seu contato com o público da terceira idade. “Sempre morei em lugares em que a maioria dos moradores eram idosos”, explica. Quanto ao nome do filme, Fernanda diz que a origem é francesa, e significa 'era um encontro'. Uma expressão que, para ela, representava muito do filme.
3 Comentários:
tem no youtube?
eu já vi um longa metragem com esse nome!
crítica legal.
Postar um comentário