por Rômulo Baptista
Mais uma vez o Iguacine aporta trazendo novidades para todas as pessoas, sejam elas fãs ou não do cinema. Já tivemos várias atrações, celebridades e noticias maravilhosas como a informação de filmes dirigidos por moradores da periferia carioca em Cannes, o festival mais charmoso do mundo.
Porém, o que mais chamou minha atenção foi a exibição do curta chamado QUEIMADO.
A direção (e roteiro) de Igor Barradas nos conduz à realidade em que vive a nossa sociedade. O filme mostra de forma clara e (em alguns pontos) explícita o mundo que cerca nossos adolescentes. Com prosposta clara e objetiva, o diretor nos conduz a uma intimidade e sentimento no momento em que a magia da infância e adolescência é podada pelo mundo dos adultos.
O filme impactou as pessoas que estavam no teatro do Espaço Sylvio Monteiro, sejam elas jovens ou adultos. E nada mais foi do que a transposição do cotidiano para as telas do cinema.
Não havia medo algum em mostrar que muitas vezes temos nossos olhos desviados dos atos de uma sociedade.
O protagonista, sob a alcunha de Grande, se vê atraído pelos encantos de Janaína, uma menina que acaba de entrar na puberdade. Mas não estamos diante de um conto de fadas. A diferença entre a idade deles, num mundo ideal, seria um fator impactante e que perduraria numa reluta de Grande, mas o que vemos é uma sociedade degenarada onde um homem pôde tomar para si uma menina e transforma-la de forma agressiva em uma mulher.
O que é isso além do que vivemos nos dias de hoje? Com tantas situações que vemos em jornais e tabloides espalhados pela cidade, onde homens tomam de assalto a vida de outras sem se importar com as consequencias.
O filme de Igor Barradas nos faz refletir sobre isso para que, quem sabe, possamos mudar a dura realidade de nossa sociedade.
Queimando a sociedade
sábado, 17 de abril de 2010
Marcadores: Iguacine, Rômulo Baptista
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1 Comentários:
Veleu Rômulo pelo post. Foi importante pra mim ler o seu texto por que por ele deu pra sacar que o público entendeu "queimado".
Sem nunca termos trocado uma palavra, você ilustrou, com suas palavras, a questão central do filme.
é noise
igor barradas
diretor do queimado
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